Topo

Menon

Eduardo Baptista perdeu grande chance de ajudar a Ponte

Menon

26/09/2017 21h37

Nelsinho Baptista, quando era apenas Nelson,  jogou por muito tempo na Ponte. Talvez esteja na seleção histórica da Macaca.

Nelsinho Baptista foi treinador da Ponte.

Eduardo Baptista foi treinador da Ponte. Fez ótimo trabalho.

Agora, está de volta à Ponte.

E, como prova de amor ao clube, deveria renunciar.

Sua renúncia desnudaria o poder de um bando de delinquentes sobre um clube profissional que tem história e que vem já há uns 15 anos trilhando um caminho de recuperação financeira.

A Ponte não é mais iôiô. Quando começa o campeonato, ela não aparece como um rebaixado certo.

E alguns torcedores foram ao aeroporto e bateram em jogadores. Foram até a delegacia, fizeram Boletim de Ocorrência. Eduardo Baptista se indignou, falou em degradação da raça humana, criticou os políticos brasileiros e resolveu ficar. Prova de amor, prova de comprometimento, prova de profissionalismo…

Mas, uma renúncia seria um gesto de grandeza enorme. E mostraria a todos a pequenez dos delinquentes. Gente que não trabalha e que vai em aeroporto agredir.

A renúncia de Eduardo Baptista serviria para lancetar a ferida, fazer o pus vazar.

Seria um golpe imenso nos desocupados.

Ele continua, como sua consciência manda. Ou como seu coração manda. Esperemos pelos resultados. Se a Ponte não sair da lama, os que agridem, batam e matam vão pedir sua cabeça.

E ela será entregue. Alguém duvida?

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.