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Palmeiras pagou 50 milhões por seis gols. Artilheiros de pólvora molhada

Menon

03/10/2017 11h57

O Palmeiras, com o grande apoio da Crefisa (mérito do Palmeiras) não tem medo de errar. Se contrata um jogador que não corresponde às expectativas, vai logo buscar outro. O problema é quando o segundo também não resolve. É o que está acontecendo com os goleadores. Ou melhor, com os que foram contratados para serem goleadores.

Borja e Deyverson são artilheiros. De pólvora molhada. Cada um deles fez três gols no Brasileiro. Hernanes, que não é atacante, fez sete. E custaram pouco. E não recebem pouco.

O colombiano veio por 10 milhões de euros. Já não foi bem com Eduardo Baptista. Com a chegada de Cuca, caiu ainda mais. Chegou a ser escalado para os cinco minutos finais de um jogo. É um brigador, um atacante de área, um definidor. Não se espere mais do que isso. Cuca queria mais e pediu outro atacante.

E veio Deyverson, por 5 milhões de euros. É mais participativo, briga mais fora da área, faz pivô, disputa bola no alto, mas gol que é bom, é pouco, quase nada. Cuca diz que confia nele, que é titular e que está correspondendo dentro de campo. Fala, mas se não jogar bem em 2018, logo virá outro atacante. Antes dele, o Palmeiras tentou Richarlison e Diego Souza.

São 50 milhões de reais. Sem contar o que foi gasto com Felipe Melo. Muitos palmeirenses respondem com ostentação: o time é rico, a patrocinadora é forte e se não der certo, nós (sim, eles falam como se fossem donos do clube) contratamos outro.

Tudo bem, aceitemos essa tese do dinheiro farto. Mas, se não há perigo de vermelho nas contas, pelo menos deveria se esperar um rendimento esportivo muito maior do que o que se vem.

Se for para não ganhar nada, melhor gastar pouco.

E meu amigo Dassler Marques traz um dado interessante ao post. Barrios não serviu para Cuca. Gabriel Jesus teve jejum com Cuca. E Deyverson e Borja faziam gols aos montes antes de serem dirigidos por Cuca.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.