Galo jogou 90 minutos como grande. O São Paulo, só um tempo.
O Atlético conseguiu sua segunda vitória seguida sob comando de Oswaldo de Oliveira. Algo que o São Paulo não conseguiu ainda em 15 jogos com Dorival Jr. E foi uma vitória justa. Poderia até ter sido maior, se o juiz desse um gol em que a bola ultrapassou a linha no primeiro tempo. Um lance muito difícil de se ver, é bom dizer.
E o Galo buscou a vitória desde o primeiro minuto de jogo, com uma estratégia bem definida. Atacou muito pelos lados do campo. Robinho, Fábio Santos e Valdívia revezavam-se em pares na esquerda, pressionando muito o garoto Militão. Ele jogou bem, é bom que se diga, mas a vantagem era do Galo. Militão só passou a ter ajuda depois dos 25 minutos, quando Lucas Fernandes trocou de lado com Marcos Guilheme e passou a ter uma postura mais participativa o jogo.
Do outro lado do campo, Marcos Rocha e Cazares, com menos intensidade e talento, faziam a mesma pressão sobre Junior Tavares. E tome cruzamento. O São Paulo recuou tanto que os volantes do Galo – Adílson e Roger Bernardo – subiram e passaram a jogar do meio campo para a frente. Um domínio total que merecia um gol, ao menos.
O São Paulo voltou para o segundo tempo com uma postura melhor, tática e animicamente falando. Tentou avançar as linhas, mas foi surpreendido pela grossura de seu zagueiro Bruno Alves. Ele conseguiu fazer um pênalti em lance iniciado com arremesso de lateral de Marcos Rocha. Empurrou Valdívia, talvez pensando que o árbitro fosse cego e não visse o grotesco erro.
Fábio Santos marcou e o São Paulo acordou. Passou a jogar como um time grande. Dominou o meio campo e melhorou ainda mais com as entradas de Shaylon, principalmente, e de Maicosuel. O Profeta foi mal. E Jonathan Gómez, para mim, é um mistério. Um jogador que corre, corre, arrisca alguns chutes e…nada.
O São Paulo dominou o jogo territorialmente falando, mas o Galo tinha o comando tático. Um contra-ataque muito bem armado, pronto a funcionar. Então, o jogo melhorou muito. Lá e cá. Dois grandes honrando o peso da camisa. Os dois puderam marcar. Nenhum conseguiu. Bom para o Galo, que se aproximou da zona de Libertadores.
O São Paulo continua na zona da confusão. Perdeu em Minas, mas ganhou com as vitórias do Corinthians e do Vasco. E, no complemento da rodada, torce contra Fluminense, Ponte e Sport.
É o que tem para hoje. E continuará sendo assim enquanto não tiver personalidade e postura de grande em todos os jogos.
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