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Menon

Omelete de bacon e a comédia de erros nada modesta

Menon

20/10/2017 16h48

"Aqui na omelete de bacon, todo mundo é porco, ninguém é galinha. Na omelete de bacon,  galinha participa, o porco se compromete. Aqui, todo mundo está comprometido".

Foi assim que Modesto Roma Jr. explicou a contratação de Levir Culpi para substituir Levir Culpi que havia sido demitido duas horas antes. Sim, Levir substituiu Levir. Não fui eu que errei a frase. Por falar em frase, o Modesto deve ter ingerido a ração do João Dória para cunhar uma frase tão enigmática assim.

Que palhaçada!

Levir Culpi é técnico de futebol há anos. Muitos anos ganhando muito bem. Deve ter um bom dinheiro acumulado. Como é que um homem desses, com mais de 60 anos e com polpuda conta bancária, aceita ser demitido e recontratado em poucas horas. Onde está o amor próprio, onde está a espinha ereta?

Modesto Roma Jr. passa a merecer o alcunha de modestíssimo. Demite, conversa com jogadores e aceita de volta? Quem é que manda? Os jogadores passarão a opinar também em relação ao orçamento e montagem do elenco?

Levir, que tirou Ronaldinho Gaúcho e Fred do time, vai poder sacar alguém que lhe deu o emprego de volta?

Quando vejo uma coisa assim, relembro de uma proposta que tenho para salvar o futebol brasileiro.

Artigo único: Cada time estrangeiro que contratar um jogador brasileiro será obrigado a levar também um dirigente brasileiro e lhe dar funções importantes no clube.

O nível aqui não melhoraria, afinal para cada dirigente ruim que se aposenta, aparecem dois. Basta ver a linhagem da corrupção na CBF: Havelange, Teixeira, Marin e talvez Marco Polo.

Não melhoraria, mas pioraria tanto o nível dos clubes europeus, obrigados a conviver com patetas e omeletes de bacon, que haveria, em pouco tempo, uma paridade diretiva.

Teria a mediocridade e a insuficiência cognitiva como parâmetros

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.