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Menon

Confesso meu time. E Jô será um desfalque terrível

Menon

02/11/2017 11h14

Vou confessar para qual time eu torço. É o Franca Basquete. Muito antes da chegada oportunista – e boa para o clube, não se pode negar – do presidente da Fiesp, defensor do fim dos direitos do trabalhador, eu já torcia para Franca.

O time se chamava Clube dos Bagres e foi mudando de nome, sempre de acordo com o novo patrocinador. É a sina do esporte olímpico no Brasil. Mas o que interessa é a ideia de um esporte representar uma cidade, como o basquete francano faz há 50 anos.

Hoje, sob o comando de Helinho, enfrenta o Paulistano, time muito bom, na final do campeonato paulista. Um título que não vence há dez anos. Uma digressão: nos anos 80, havia torneios importantes no Ibirapuera. Torneios internacionais, sempre com a presença de Porto Rico, de Mincy, Santiago, Morales e outros cobras. O Brasil era melhor, tinha muita gente boa. Entre eles, Hélio Rubens. E no intervalo, Helinho, ainda menino, ficava arremessando da linha de lance livre. Talvez por isso tenha sido tão bom no quesito, com aproveitamento de 90%.

E, segundo os amigos do Franca Basquete da Depressão, o time perdeu o primeiro jogo por falta de bom aproveitamento no lance livre. Uma questão que decide jogos.

E…aí entra o Jô. O campeonato brasileiro, que vinha em um marasmo grande com a disparada corintiana, ganhou ares de suspense com a queda do time e a melhora de Palmeiras e Santos. Se o Corinthians perder domingo, teremos mais seis rodadas de enfartar. E tudo poderá fazer diferença. Tudo. Todo detalhe poderá decidir quem será o campeão.

E (caramba, o terceiro parágrafo começando com E), o Corinthians, com certeza não terá Jô em algum desses jogos. Ele foi citado por haver dado um coice no zagueiro Rodrigo, já nos acréscimos do jogo contra a Ponte Preta.

Uma agressão totalmente desnecessária. Jô teve um comportamento que nada lembra o novo Jô, um dos grandes nomes do atual campeonato. Ora, quem sou eu, que nunca disputei nenhum campeonato para dizer que Jô deveria haver se comportado melhor e não cair em alguma esparrela de Rodrigo ou de seu próprio passado. Não vivi a situação que ele está vivendo, de muito estresse e muita cobrança. Quem sou eu? Sou a própria consciência de Jô. Ele, com certeza, está pensando o mesmo que eu escrevo aqui.

E deveria pensar que seu reserva é o Kazim. E ter feito como Petros, que está pendurado há 12 rodadas e não leva o amarelo.

Por fim, repito o meu ponto de vista para o caso atual e todos os outros que aconteceram e que irão acontecer. Para mim, o futebol tem 90 minutos. O árbitro deve ser cobrado pelo que marcou certo, pelo que marcou errado, pelo que marcou a mais e por aquilo que não marcou. Se o juiz não viu o coice de Jô, punição para o juiz. E segue o jogo. Não se pode, a meu ver, ficar punindo tudo o que se passou e não foi visto. E há a possibilidade que, com certeza não se concretizará, de uma punição de 12 jogos. Um absurdo. Nenhum árbitro, por maior lambança que faça, pega uma punição assim.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.