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Menon

Palmeiras acerta ao enfrentar os vândalos

Menon

13/11/2017 15h01

O presidente Maurício Galiotte, do Palmeiras, em nota oficial, afirma que o clube lavrou Boletim de Ocorrência e irá solicitar abertura de inquérito policial para investigar os ataques de "torcedores" aos ônibus que transportavam a delegação para o jogo contra o Flamengo. E prometeu também que, enquanto for presidente, não autorizará diálogo entre torcidas organizadas e jogadores.

Faz muito bem. O surrealismo da atitude a justifica. Um clube de futebol é atacado por seus próprios torcedores. Bizarro e reflexo dos tempos violentos em que vivemos. É preciso reagir, mesmo sendo este país aquele em que uma intelectual estrangeira é agredida no aeroporto, em sua saída do Brasil.

Os agressores torcem muito mais para eles mesmos do que para o clube. Quebraram o ônibus e estilhaços atingiram dois trabalhadores do clube. Coisa de bandido. E bandido precisa ser enfrentado.

Há pouco, foi a torcida do São Paulo, que invadiu o CT e roubou ativos do clube. Roubou. Bolas. Como respeitar ladrões?

A diretoria do Corinthians está sendo acionada na Justiça porque uma de suas torcidas utilizou música de Tim Maia para alentar o time. Um grande exagero, eu acho. Mas, por que o clube tem de pagar por malfeitos de seus torcedores?

Tudo isso é fruto da covardia dos dirigentes.

O mínimo que deveriam fazer é impedir que as facções utilizassem símbolos do clube em suas camisetas e outros ornamentos. Ganham dinheiro utilizado símbolos do clube, ganham dinheiro para carnaval, ganham dinheiro para apoiar um ou outro candidato, agridem torcedores "normais", como fez a Independente, ganham ingresso grátis, roubam o clube, atacam o ônibus…

Alguém precisa dar um basta.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.