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Dorival isenta Rogério Ceni de culpa no péssimo ano do São Paulo

Menon

22/11/2017 09h30

Em ENTREVISTA RECENTE ao blog, Dorival Jr. falou sobre o presente e o futuro do São Paulo. E, ao contrário da diretoria, que gosta de se referir ao período Rogério Ceni como "herança maldita", fez questão de isentar o ex-treinador de toda culpa pelo péssimo rendimento no Brasileiro.

Reservei esta parte da entrevista para hoje. O diálogo, comigo, foi assim:

Quando o Pinotti me chamou, eu disse que ele deveria estar atento porque o início de trabalho seria muito duro no início. Os jogos eram em sequência e não haveria tempo de treinamento. Só após o final do turno é que haveria um período para trabalhar. E havia muitos jogadores chegando, muitas mudanças.

É verdade. Remontar o time durante o campeonato é como trocar o pneu com o carro andando.

Justamente. 

E, no caso do São Paulo, o piloto era inexperiente.

Ah, não. A inexperiência do Ceni não conta, não. Foi duro para ele, foi duro para mim, seria duro até para o Paulo Autuori, que tem mais experiência que os dois juntos.

O diálogo serve como aviso para os dirigentes do São Paulo. Se forem trocar todo o time novamente, os problemas continuarão. Por isso, seria bom resolverem logo as situações de Jucilei e de Hernanes. O que será muito difícil. São jogadores que custam caro.

E, dentro da loucura que é o futebol brasileiro, uma coisa ruim pode ajudar o São Paulo. A base não tem figuras acima da média como David Neres e Luis Araújo, que brilharam pouco tempo e já foram para a Europa. Há jogadores bons, como Militão e outras promessas como Brenner, Lucas Fernandes e Shaylon, mas nada indica que a Europa seja uma opção para eles em 2018.

Ou seja, menos brilho e menor possibilidade de desmanche. Dá para planejar melhor.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.