Topo

Menon

Um hino de amor aos sobreviventes da tragédia da Chape

Menon

24/11/2017 15h17

A florista Mirian, entre suas hortências, sabe que o filho Yohan não é um anjo. Aline conta como foi seu primeiro beijo em Filipe. Valeria canta Dio, come ti amo. Uma Gigliola Cinquetti negra. Ulrike mostra um último áudio, cheio de Paixão. A uruguaia Jacqueline mostra fotos de Cocada. Um M une Mario Sérgio e Mara. Ilaídes mergulha nas redes sociais, tem até um canal de youtube, enquanto o marido mergulha dentro de si mesmo.

E os sinais? Adriana tem certeza que Caio Jr. lhe mandou um recado, através do Resenha, ao dizer que, se morresse, morreria feliz. A mãe de Jumelo recebeu uma carta dele. A filha de Deva Pascovitch escreveu uma carta a ele. E Ximena, lá em Santa Cruz de la Sierra, quer contar toda a história em um livro.

Foram 71 mortos naquele 28 de novembro. O desastre da Chapecoense. A ESPN trouxe o momento vivido por 11 mulheres sobreviventes, não do vôo, mas de toda a dor, todo o desânimo, todo o sofrimento que ele deixou. "11 corações recomeçando a viver", que serão exibidos na semana que vem, em dois episódios.

A voz sóbria de Rogério Vaughan é o fio condutor de tanto sentimento que entrará na casa das pessoas. Tanto sofrimento que não precisa uma dose a mais. E tudo está na medida certa. Não há pieguismo, não se força o choro, não se busca a demagogia. Gostei tanto do programa que trouxe aqui a ficha técnica:

Roteiro e reportagem: Marcelo Gomes e Helvídio Mattos
Narração: Rogério Vaughan
Imagens: Raphael Silva Correa
Produção: Fernanda Amalfi
Edição/Finalização: Alexandre Valim / Andrei Salgueiro / Wagner Cavazini
Arte: Ivan Junior

E os horários:

O conteúdo já está disponível no WatchESPN e, nos canais da TV, vai para o ar nos dias e horários abaixo:

– Quarta (episódio 1) e quinta-feira (episódio 2): 20h na ESPN
– Quinta-feira na ESPN Brasil: 22h10 – dois episódios na sequência

São muitos jornalista envolvidos. Com certeza, ninguém gostaria de ter feito o programa. Mas todos o fizeram com sensibilidade, competência e amor. Mais do que sofrimento, é o amor que as sobreviventes nos trazem.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.