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Leila, o Palmeiras não está à venda

Menon

28/11/2017 14h41

A ótima entrevista do repórter Eduardo Geraque com Leila Pereira é reveladora. A mulher é totalmente obcecada pelo Palmeiras. Quer comprar o clube e só não o faz, ou tenta fazer, porque a legislação não permite. Eu desconfio de tanto amor. Me parece aquele filme "Louca Obsessão", em que Kathy Bates, enfermeira, sequestra James Caan, seu escritor preferido.

Leila quer o Palmeiras para ela. Um clube para chamar de seu. Um brinquedo verde.

Será que ela sabe a escalação da primeira Academia? E da segunda Academia?

Amigos, eu não acredito em tanto amor. Leila é carioca, cresceu no Rio. Como pode amar tanto o Palmeiras? Nunca colocou a bunda na arquibancada de cimento, nunca foi em caravana até Araraquara, nunca fez o que todo torcedor verdadeiro faz.

Como não pode ser dona do Palmeiras, ela quer ser presidente. Tem todo o direito, mas em sua argumentação, a palavra amor não aparece. Ela diz que investiu 100 milhões, que é presidente de uma financiadora e que e dona de uma faculdade. Tudo isso a credencia a ser presidente do Palmeiras, segundo ela. Só isso?

Só dinheiro não adianta. A faculdade dela pode dar muito lucro, mas é referência de ensino? Em que área? E a financiadora? Seus juros são altos, baixos ou como de todas as outras?

Esperemos pelos próximos passos de Leila, após o rompimento com Mustafá, o homem que avalizou sua candidatura a conselheira, em um depoimento muito questionável.

O importante é que o Palmeiras não pode ser vendido. É uma paixão popular. Eu nunca vou entender a tal força do futebol europeu em que os clubes pertencem a nababos tailandeses, russos, árabes e a quem tem dinheiro sobrando. Se lá é tão organizado, por que os clubes não se sustentam e não se fortalecem com as pernas próprias?

É muita modernidade para meu gosto.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.