Quando Diego se tornou um burocrata?
Diego Ribas, acreditem, já foi Ezequiel Barco. Agressivo, instigante, ousado como o garoto do Independiente, 18 anos, frágil e encarador, que comandou o Rojo na luta pelo título.
Foi quando? Em 2002, com os Meninos da Vila. A magia era por conta de Robinho e suas pedaladas, mas Diego era referência também. Perto da área rival, era um perigo.
Hoje, com seu cabelo cheio de brilhantina, glostora ou brilcrem, com sua barba milimetricamente aparada, parece um hipster pronto para brilhar na noite carioca.
Mas o ritmo em campo condiz mais com redes sociais.
Diego participa pouco do jogo. Não é e nem pretende ser o jogador surpresa, o que vem com a bola dominada, faz uma tabela vertical e rompe as linhas defensivas, com chute ou sofrendo faltas.
Nada disso. Ele se posta mais atrás, na intermediária, onde milhares de craques brasileiros romperam. Milhares mesmo. Todo time de toda cidade, de Santana do Livramento a Macapá, tem um jogador assim. Em Aguaí, havia Carlos da Carolina, Paulo da Leiteria e outros.
E o que fazem esses jogadores? Recebem a bola e tentam lançamentos para os pontas ou para o centroavante. Todos, errando ou acertando.
Todos, menos Diego. Ele recebe a bola e toca de lado, para os laterais. É uma postura próxima da acomodação.
E fica uma dúvida: por que os clubes brasileiros estão sempre prontos a repatriar jogadores veteranos, pagando milhões e não olham para as canteras de Sudamerica.
O jovem Barco vai navegar na MLS. Ruim para ele. Ruim para quem não ó vou antes. O futuro vai para EUA, o passado volta ao Brasil.
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