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Sidão x Jean: um duelo que não anima

Menon

02/01/2018 13h06

Em 1985, o São Paulo teve o surgimento dos Menudos, personificados em Muller e Silas. No gol, havia a insegurança de Barbirotto e Tonho. Era preciso agir e Gilmar foi contratado.

E, de 1985 a 2015, o gol do São Paulo foi defendido por Gilmar, Zetti e Rogério Ceni. Participaram de quatro Copas do Mundo, o que mostra a qualidade deles. Em 2015, Ceni se aposentou. No ano seguinte, Denis assumiu o posto e não foi bem. E, em 2017, o gol foi uma briga particular entre Denis, Sidão e Renan Ribeiro. Sidão venceu e os outros dois deixaram o clube.

E 2018 começa com a briga entre Sidão e Jean, vindo do Bahia. Nada que dê certeza ao torcedor de ter, no gol, a segurança daquelas três décadas iniciadas com Gilmar.

Sidão tem 35 anos e uma carreira sem nenhum brilho. Antes de chegar ao São Paulo, foi titular no Audax, após contusão do goleiro Felipe Alves. E foi titular no Botafogo, após a contusão de Jefferson. Fez 36 jogos no Audax e 35 no Botafogo. Antes, 27 pelo Rio Claro, o mesmo número que tem pelo São Paulo. Um goleiro de 35 anos e menos de 150 jogos profissionais não é segurança de nada. O time pode até ser campeão com ele, mas não o será por causa dele. Sidão tem tudo para ser um coadjuvante honesto e dedicado e nada para ser o condutor de um time que precisa ser campeão.

Jean tem 22 anos, passagem nas seleções de base e um ótimo ano pelo Bahia. Foi titular em todo 2017, sem contestação. É um jogador que tem grande futuro  e pode até começar o início desse caminhar como titular do São Paulo. Seu contrato é de cinco anos, o que parece ser uma aposta em venda a curto prazo para o futebol da Europa.  Mas não há certeza alguma. Ninguém garante que ele será o goleiro indiscutível que foi no Bahia.

E há certeza com outro goleiro? Com algum outro? Logicamente que não. Mas um time grande deveria buscar um goleiro que trouxesse mais certeza que insegurança. O São Paulo precisa de um goleiro do nível de Cássio, Marcelo Grohe, Vanderlei ou Fábio. Buscar alguém deste nivel. Alguém que justifique a velha máxima: "todo time começa com um grande goleiro".

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.