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William, Ricardo Rocha e a falta de solidariedade

Menon

09/01/2018 15h54

O Santos precisa urgentemente de um centroavante e de um meia, para substituir Ricardo Oliveira e Lucas Lima. Gustavo de Oliveira, executivo de futebol, contratou William Machado para trabalhar no gerenciamento do futebol.

O São Paulo precisa urgentemente de um lateral e de um centroavante. Raí, executivo de futebol, contratou Ricardo Rocha, como seu segundo homem no gerenciamento do futebol.

Nada contra a presença de ex-jogadores de futebol exercendo novas funções. Todos têm direito de trabalhar. Principalmente se buscaram qualificação necessária para o cargo. Algo que os ajude, que some com aquilo que conseguiram durante a carreira: o conhecimento do vestiário, a capacidade de pensar como os jogadores pensam, a experiência e o traquejo em tratar com o boleiro.

Se não tenho nada contra, também não vejo ex-jogadores no gerenciamento dos clubes como uma panaceia. O remédio para todos os males. Ele esteve lá, ele sabe como é, ele vai resolver. Não, amigos. Não é assim. Pode ser e pode não ser. Não há certeza de nada.

Mas, se um ex-jogador não der certo como gerente de futebol, ele será novamente contratado para comentar partidas de futebol. Sempre há mercado para eles. Mesmo para William, que outro dia, comentando a Copinha, disse que "perder de pouco não ruim". Tomara que não repita esse raciocínio para os jogadores que agora comandará.

Eles tratam a televisão como um porto seguro. Usam como um propulsor. Aparecem na telinha e, sem nenhum compromisso com as regras do bom jornalismo, saem para fazer palestra ou merchan. E, quando recebem um convite para dirigir um clube, saem correndo. O salário deve ser muito bom.

Se Ricardo Rocha e William queriam sair da Sportv, por que não tiveram uma atitude digna e colocaram o cargo à disposição no final do ano, quando houve um grande corte, deixando pessoas dedicadas e estudiosas sem trabalho e sem condição de dar o melhor para suas famílias.

Seria exigir demais, não é? Ficaram quietinhos, na moita. Viram os colegas na rua da amargura. E agora, caem fora. E dão lugar a outros ex-boleiros que assumirão seus lugares. Tomara que o Esporte Interativo que, em 2019, também transmitirá o Brasileiro, tenha um outro olhar para a questão.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.