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Timão mantém receita e terá sucesso em 2018

Menon

10/01/2018 15h30

Pequena viagem aos anos 70:

Segunda-feira – Virado à paulista

Terça-feira – Bife a rolê

Quarta-feira – Feijoada

Quinta-feira – Macarrão com frango

Sexta-feira – Peixe à dorê

Sábado – Feijoada.

O cardápio nos botecos do centro eram imutáveis. Bons restaurantes também o replicavam, com mais qualidade, é lógico. Na saída do banco, antes de ir para o cursinho, com amigos como Zé Roberto, Nelsinho Juncioni, Edinho (saudades do amigo), Jorginho Tequila ou quando me encontrava com outros casabranquenses como Irineu, Zimbres e Laércio, era sempre o mesmo cardápio.

Eu gostava. Gosto de comida assim, caseira. Feijão, farinha e pimenta me fascinam. Hoje (ou será que já existia naquele tempo) há restaurantes que servem espuma e feijoada desconstruída. Vi uma foto, uma vez. Eram bolinhas parecidas com as de gude da infância, mas recheadas de feijoada. Nada daquele prazer de misturar o feijão, a farinha, o caldo de feijão com pimenta, a costelinha….bem, a couve vocês podem levar…Banana e torresmo, não.

A falta de dinheiro fez com que o Corinthians tivesse um time pé no chão no ano passado. Aquela comida caseira muito bem temperada pelo Mestre Carille. O resultado, todos viram. Dois títulos importantes.

A situação financeira não melhorou, pelo menos que eu saiba. E três destaques se foram: Arana, Pablo e Jô. O que fazer, senão buscar a melhor reposição possível. O Corinthians foi ao mercado e, com parcimônia e sem loucuras está trazendo boa reposição. Juninho Capixaba é um lateral promissor, apesar de não ter sido um grande destaque no Brasileiro. Carille viu, gostou e pediu. Ele merece crédito, apesar de have pedido o Kazim. E aí está o Capixaba, com o Guilherme Romão na reserva.

Henrique está chegando para a zaga. Está bem, eu concordo que Scolari errou muito em levar Henrique à Copa. Miranda é muito mais. Também concordo que Henrique virou folclore no Barcelona, mas nada disso vale agora. É um bom zagueiro, mais que bom, na verdade. Não vai pesar a camisa e tem condições de suprir a saída de Pablo.

E, se o Corinthians perdeu um dos artilheiros do campeonato, está trazendo o outro. É uma falsa verdade. Ou melhor, uma verdade insuficiente para explicar a diferença técnica entre Jô, que sai, e Henrique Ceifador que deve vir. Jô é muito mais técnico, sabe jogar fora da área, é mortal caindo ali pela esquerda….mas o que não se pode negar é que Henrique sabe fazer gols. E é o melhor cobrador de pênaltis do mundo.

Ainda vieram Renê Jr, que eu considero um jogador muito bom. É versátil, pode fazer as três funções do meio (volante, volante de saída e até de chegada na área rival) e Júnior Dutra, que fez bom campeonato.

Vai dar tudo certo? Novos títulos virão? Não sei e ninguém sabe.

Mas a receita foi mantida. E ela fez muito sucesso. Se nada desandar….

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.