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São Paulo colhe o que plantou com um planejamento equivocado

Menon

20/01/2018 20h20

Com o término da segunda rodada do Paulistão, o São Paulo:

Escalou dois times diferentes.

Perdeu o primeiro jogo.

Empatou o segundo.

Ainda não conseguiu marcar.

Foi recebido com faixas de cobrança ANTES do jogo, em um protesto descabido e imbecil. E com vaias após o jogo

A meu ver, tudo é consequência de erros de planejamento.

Os dois principais, são fundamentais.

Dorival Jr e a diretoria encararam janeiro como o primeiro mês do ano. De um novo ano, cheio de esperanças. Pode até ser, mas não é. O ano que se inicia é a continuação do anterior, quando o time foi muito mal e quase foi rebaixado. E começou com o melhor jogador do clube indo para a China.

O segundo erro conceitual foi cair no canto da sereia politicamente correta que garante ser o Paulistão um campeonato que não vale nada e que deve ser encarado como planejamento. Ora, não vale nada para quem ganha como o Corinthians, Santos e Palmeiras. O São Paulo não ganha o Paulistão desde 2005. E nos últimos dez anos, venceu apenas uma Sul-americana.

Então, o que foi feito diante deste panorama? Time que vem no sufoco e que não ganha nada há tempos?

Ora, foi escalado um time de garotos para a estreia. Todos juntos, ao mesmo tempo. E houve a derrota.

E o que trouxe a derrota, além da necessidade da vitória?

Trouxe o possível rompimento com a torcida, importantíssima no ano anterior. O Morumbi e o Pacaembu recebiam grandes públicos. Na segunda rodada, foram apenas 18 mil. E vaiando, o que, repito, é um absurdo.

O que temos agora? Mirassol fora, Corinthians fora e Madureira, pela Copa do Brasil.

A ideia era manter o time do primeiro jogo, aquele dos garotos. Vai ser mudado o planejamento? Como o São Paulo enfrentará o Corinthians? Sob qual pressão?

A decisão de escalar garotos o primeiro jogo foi de encontro ao que fizeram os outros três grandes. Entraram com o time principal e foram substituindo. Só o São Paulo fez diferente. Só o São Paulo está correto. E qual é esta carta na manga? Qual o segredo?

São muitos erros de planejamento. E seguidos de outros como a ausência de Cueva, atitude anti-profissional. E outros dois: Sidão e Bruno. Jogadores médios.

Quanto ao jogo, eu vi o São Paulo bem no primeiro tempo, com boas finalizações. A bola rodou bastante, houve infiltrações, mas o time sentiu muito a falta de um atacante de área. O garoto Brenner, tratado como o novo Gabriel Jesus, não foi nem Ademílson. O time vai melhorar. Precisa melhorar. Mas agora, de forma abrupta, com pressão.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.