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Menon

Borjão da Massa resolveu a parada

Menon

21/01/2018 18h28

O time do Botafogo tem qualidade. E o calor de Ribeirão Preto é senegalesco, como dizia o querido Renato Fabretti lá na redação do Diário Popular. E o Palmeiras venceu os dois, Botafogo e o calor, com um gol de Borja. No limiar da pequena área, pé esquerdo na bola, sem goleiro. Fácil de fazer? Então, vai lá e faz.

É gol de centroavante, uma função subavaliada dentro do futebol. Já há tempos. Diz a lenda (será mesmo?) que Paulo Leão, centroavante do Guarani nos anos 70, fez cinco gols em um jogo e o jornalista Paulo Rosky lhe presentou com uma nota 2. "Fez cinco gols e mais nada", foi o comentário.

Borja é assim. O homem do monólogo e não do diálogo. O cara da última bola e não da tabelinha. No ano passado, foi inútil em vários jogos, nada participativo e sem gols. É o risco que se corre. Outras vezes, ele decide. No final do jogo, o Palmeiras teve o contra-ataque para resolver e até golear. O calor e o cansaço impediram, por exemplo, gols de Dudu. Não é só isso, é lógico. Dudu não é nove.

Sem Borja, o Palmeiras tem outras opções. O time fica mais leve e mais ágil com Keno, Dudu e William. O importante é ter as duas opções, as duas possibilidades. E Borja pode ser a opção do nove-nove. Em 2017, não foi.

A torcida deve ter paciência com ele? Ajudaria. O que não pode é esperar dele um rendimento efetivo como era o de César Maluco. Ou, então, esperar dele, coisas de Evair. Aí, é covardia com o Borjão.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.