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Oliveira e a primeira palhaçada do ano

Menon

22/01/2018 13h49

Jogador brasileiro fingindo levar tapa na cara é tão banal quanto Bruna Marquezine ganhar likes no Instagram. Na Europa, nossos jogadores são chamados de piscineros. No ano passado, porém, a palhaçada se espalhou por todas as camadas do futebol. As más atuações cinematográficas não se limitaram aos jogadores. Apesar de o Oscar da Piscina haver ficado com Lucas Fonseca, zagueiro do Bahia. Sim, aquele que pulou para trás, como um participante olímpico da prova de saltos ornamentais, após fazer falta em Guerrero, do Flamengo. Coisa feia.

Tivemos também Antonio Carlos Zago, um treinador que se jacta de haver feito cursos na Europa, fingindo um tapa no interior do Rio Grande do Sul. Foi tão convincente qaue Galeano, seu auxiliar, quase chamou a ambulância. No Itaquerão, foi a vez de um gandula cair como folha seca no outono. Fingiu tão mal que foi demitido pelo Corinthians. No Rio, um árbitro foi a chão, como jaca madura, tentando incriminar Luís Fabiano. Incriminar para ele mesmo.

No começo de 2018, a dica de que tudo continuará igual veio de Oliveira, goleiro do Novorizontino. Ele viu o atacante Caíque, do São Paulo, caído na área, de costas. A bola estava longe e ele, cuidadosamente, sem machucar o adversário, chegou até Caíque. Deitou em cima dele, como se fosse alguém pronto para pronto para passar bronzeador nas costas da namorada (ou namorado) na praia. Ficou ali, por cima, durante segundos, e rolou para a direita, como um poodle amestrado. E colocou a mão no rosto, como…um jogador brasileiro. Como muitos jogadores brasileiros.

O juiz não viu o aprroach e nem o fingimento.

E fica no ar, a certeza de que a mediocridade continuará em 2018,

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.