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São Paulo na final. Atuação do árbitro foi irresponsável

Menon

23/01/2018 15h13

Foram 14 cobranças de pênalti, 11 delas em ótimo nível. Ao fitnal da maratona, o São Paulo eliminou o Internacional e está na final da Copinha, contra o Flamengo. A vitória do São Paulo impediu o surgimento de um herói e de um vilão. O heroi, logicamente, seria o goleiro Carlos Miguel, de 2m02, que fez grandes defesas. E ainda mostrou um comportamento muito educado, abraçando Rodrigo, capitão, e Júnior, goleiro do São Paulo, antes da batida.

A envergadura de Carlos Miguel fez com que o São Paulo buscasse sempre as "batidas perfeitas", cruzadas, no pé da trave. Quem errou foi Liziero, que bateu, durante o jogo, e na decisão, no meio do gol. Justamente ele, o melhor do time, poderia ser o vilão.

As duas equipes fizeram uma ótima competição, principalmente quando lembramos que não inscreveram grandes promessas, já integradas ao grupo profissional.

Tudo muito legal e tudo poderia haver terminado em tragédia, graças à incompetência do árbitro Thiago Luis Scaracati. Ele permitiu que a partida tivesse continuidade, após o intervalo, mesmo com o dilúvio que caiu em Barueri, no dia anterior. Não consultou os treinadores e não deu 30 minutos para que a chuva parasse. "Os meninos queriam jogar e eu aceitei", foi sua justificativa, que mais parece uma confissão.

Permitiu que aspirantes ao profissionalismo ficassem expostos a raios. E eles caíram, assustando até profissionais de imprensa, que argumentaram com o árbitro, pedindo a parada. Após o intervalo, havia consenso entre São Paulo e Inter, que o jogo deveria parar. Quando ele, enfim, tomou a atitude, o Inter achou que o pior havia passado e que seria possível continuar.

Foi uma série de erros do árbitro. Mas, ele deu cartão amarelo para um garoto do Inter que comemorou seu gol em uma cobrança de pênaltis. Aí, sim. O juiz foi macho. Foi autoritário. Não pestanejou. Comemorou, amarelo. Raio na cabeça? Ah, eles queriam…

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.