Topo

Menon

Baixaria precisa parar no Corinthians

Menon

05/02/2018 11h27

Eu cobri a primeira eleição de Andrés Sanchez no Corinthians. Ainda me lembro da cara raivosa de um bate-pau que ficou à frente do novo presidente, ameaçando jornalistas que tentassem ouvir uma declaração. Atrás dele, outros carregavam Andrés no ombro, gritando seu nome alucinadamente e de forma assustadora aos "intrusos", no caso, nós, que estávamos trabalhando.

Agora, Andrés foi reeleito. E foi encurralado no banheiro, para evitar a sanha assassina de seus opositores. Deixou o Parque São Jorge escondido atrás de um carro. Quem não teve a mesma sorte foi o jornalista Flávio Ortega, agredido.

Até quando, tanta baixaria? Andrés colhe um pouco do que plantou. Sempre foi agressivo com jornalistas, nunca optou por uma conversa mais educada, é sempre apostando no nós contra eles. Como se a maioria dos jornalistas não fosse corintiana. Como também é a maioria de engenheiros, modelos, políticos, padeiros, pizzaiolos… E teve como um dos homens de confiança o arrogante Rosenberg, que é judeu e homofóbico. Ora, um representante de um povo tão sofrido e perseguido, não deveria cultivar o ódio contra outros torcedores, principalmente com piadas do nível vampeta.

Agora, Andrés, a meu ver, deveria buscar a união das diversas alas da política corintiana e conseguir, se possível, um plano concreto e com pés no chão, para pagar o estádio e para conseguir o tal naming rights. Há cinco anos, ele tenta e não consegue. E muitos de seus seguidores colocam jornalistas como culpados. O Corinthians não vendeu porque alguns como eu, dizem Itaquerão. Como digo Morumbi ou Maracanã. Também não digo o nome do patrocinador do estádio do Palmeiras. Acho que é uma forma de propaganda disfarçada.

Que a baixaria termine e a paz se estabeleça. O Corinthians merece. E precisa.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.