Topo

Menon

Copa do Brasil, traiçoeira, demite Oswaldo e ameaça mais gente

Menon

09/02/2018 10h55

O empate contra o Atlético Acreano classificou o Atlético Mineiro para a segunda fase da C0pa do Brasil e ajudou a demitir o treinador Oswaldo de Oliveira. Não foi o único motivo, é lógico, mas empatar com um time do Acre tem o poder de derrubar técnicos.

Pode-se dizer que Oswaldo já vinha mal no Mineiro, com apenas oito pontos conquistados em cinco jogos. Sim, é verdade, mas uma vitória convincente em Rio Branco lhe daria uma trégua.

Pode-se dizer que Oswaldo caiu por conta do chilique contra o repórter Léo Gomide. Sim, mas não haveria chilique em caso de vitória convincente. Oswaldo estaria mais tranquilo e saberia responder o que considerou perseguição e eu vi como ótimas perguntas.

O ponto é que a Copa do Brasil, apesar de trazer rivais desconhecidos, não é refresco para ninguém. O atleticano que pensou assim: estamos mal no Mineiro, mas vamos lá no Acre, goleamos e ganhamos tranquilidade para o final do ano, está sem técnico agora.

Em sua primeira fase, foram 40 jogos. O time mais bem classificado no ranking da CBF atuaria como visitante. Bastaria um empate para a classificação. Dez deles foram derrotados, o que significa 2o%. O Botafogo é o maior exemplo. E outros 13 se classificaram com um empate, o que significa 32,5%, entre eles o Galo. E 17 clubes, 47,5% conseguiram a vaga com uma vitória fora de casa. Menos da metade.

E, se formos mais longe um pouco, 12 das 17 vitórias fora de casa foram conseguidas com apenas um gol de vantagem. Foi fácil apenas para Remo, CRB, Vitória, Botafogo da Paraíba e Figueirense.

E a segunda fase é ainda mais complicada. O empate não garante mais a classificação do visitante. Se ele ocorrer, haverá a sempre emocionante e agradável (quando não é com o nosso time) disputa por pênaltis. O Inter, que visita o Remo e o São Paulo que vai a Alagoas encarar o CSA e o Galo, que definirá sua sorte contra o Botafogo, na Paraíba, que abram o olho.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.