Topo

Menon

Firmino está na Copa. Muito justo. Mas é bom?

Menon

16/02/2018 12h53

Em entrevista aos companheiros do UOL, Tite disse que há 15 jogadores confirmados na Copa. E Roberto Firmino é um deles. Muito bom, muito justo. Principalmente, quando se lembra que Willian José é um dos concorrentes. A confirmação de Tite foi saudade imensamente, como se houvesse muitas dúvidas. Chego a crer na existência de "firministas" no Brasil.

Me lembrou os tempos de adolescência, quando se esperava urgentemente por uma convocação da seleção brasileira. Haveria mais paulistas ou mais cariocas? Em 66, foram dez de cada estado, mais um gaúcho (Alcindo) e um mineiro (Tostão). O que eu estranhei agora é que vi pouca gente criticando Firmino. Que eu me lembre, nem era questão de crítica. Era apenas, como Casagrande e Milton Leite fizeram, dizer que preferiam o Jô.

E qual é o problema. Casagrande entende de futebol. Milton Leite entende de futebol. E Jô foi o melhor jogador do Brasileirão. Não há nada de profano, nada de estúpido na opção deles. Ninguém está defendendo o Sidnerges Amazonense ou o Wanderson Paraibano.

Há um radicalismo muito grande na defesa de Firmino, mesmo porque, a convocação era certeza e porque a opção apontada por pessoas qualificadas não era um absurdo. E, cá entre nós, o povão quer mesmo é saber de seu time. Selezzzzzzzao é só na Copa.

A questão é outra. Ou deveria ser outra. Firmino merece estar na seleção, mas isso mostra que o futebol brasileiro está bem? Ele  tem 12 gols em 26 jogos pelo campeonato inglês. Um gol a cada dois jogos. Boa média, mas Sergio Aguero tem 21. E, se Firmino tem a concorrência apenas de Gabriel Jesus, que eu considero muito melhor, Aguero luta contra Higuain, Icardi e Dybala. Não falemos do bizarro Benedeto, invenção de Sampaoli.

Firmino está atrás também do egípcio Salah, companheiro de time, do ingles Harry Kane, com 22 e 23 gols respectivamente. Me parece pouco para um jogador da seleção brasileira, confirmado, com justiça para a Copa do Mundo.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.