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A estranha troca Sidcley x Camacho deixa R$ 6 milhões no banco

Menon

22/02/2018 18h29

Há negociações no futebol que até podem dar bom resultado, mas que, em sua gênese trazem contradição. E indicam como a montagem de um elenco passa por questões além de dinheiro ou necessidade.

Camacho é uma espécie de primeiro reserva de Carille. O treinador muitas vezes o escala durante as partidas. E o status atingiu o máximo agora, quando o treinador optou por um esquema mais defensivo e o mandou a campo como titular. Jadson, o mais técnico do time e que tem melhorado em relação ao ano passado, foi para o banco.

Então, um jogador que está lutando para ser titular e que tem admiração do treinador é trocado pelo reserva do Carleto. Reserva temporário, como todos os reservas de Carleto. Ele não consegue garantir uma posição entre os onze, nunca. Basta ver seu currículo.

Há duas explicações: 1) o Corinthians contratou Ralf, um volante e 2) Juninho Capixaba, lateral se contundiu.

Mas são explicações que trazem dúvidas.

Ralf, aos 34 anos que completa em junho, ainda é o Ralf que defendeu o Corinthians de 2010 a 2015?  Ou é um revival inútil como Cristian e Sheik?

Juninho, depois de algumas atuações bem fracas, vai para o banco? Mas o clube pagou R$ 6 milhões por ele e ainda cedeu o goleiro Douglas. A entorse no tornozelo não é tão grave, logo voltará. E não há necessidade urgente que justifique a vinda de Sidcley. Afinal, há necessidade maior do que o clássico contra o Palmeiras? Ele não estará pronto para jogar.

No interior, a gente diz que a vida é como um caminhão cheio de abóboras. Quando começa a andar, as frutas vão de um lado para outro e acabam se ajeitando. Tudo indica que está sendo assim, mas será que vai dar certo? Teremos Sidcley na lateral, Gabriel e Ralf no meio e Jadson no banco? Se for assim, teremos abóbora fora do lugar. E uma abóbora de R$ 6 milhões.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.