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Dorival tem três "molezinhas" para se recuperar. É bom pensar fora da caixa

Menon

25/02/2018 12h48

Imagine que um treinador não esteja conseguindo o time render bem e que esteja sob pressão de torcedores. Então, ele recebe a visita de um gênio da lâmpada que lhe permite escolher os três próximos adversários, com apenas uma condição: um dos três jogos precisa ser fora do Morumbi. A escolha de Ferroviária e CRB em casa e Linense, fora, seria coerente com a nossa historinha? Dificilmente poderia haver escolha melhor.

Dorival, que teve teve três armadilhas pela frente, tem agora três molezinhas. Ele, que conseguiu vencer o CSA em Alagoas (uma decisão em jogo único na casa do rival) e que sofreu derrotas contra Santos (jogando bem) e Ituano (jogando mal) tem a oportunidade de fazer o time vencer. E render bem.

Tudo será mais fácil se Dorival mudar um pouco seus pensamentos. Ou melhor, de retomá-los. Oras, se ele não queria Nenê e Trellez, então não escale. Não entendi porque Nenê foi  campo imediatamente, assim que estava com a situação regularizada. Nada contra Nenê, apenas o fato de o time ficar muito lento com sua presença ao lado de Diego Souza e de Cueva.

Dorival, aproveita e tira o Diego da área. Manda jogar um pouco mais recuado, chutando de fora e se apresentando na área como surpresa para chutes e cabeçadas. Em vez de Valdivia, volte a dar chances para Brenner. Surpreenda a Ferroviária com Marcos Guilherme, Cueva, Diego e Brenner. O garoto aberto ou entrando na área, em revezamento com Diego e Cueva.

Ah, mas se fizer isso, o lateral direito da Ferroviária vai ter um corredor para jogar. É preciso fechar. Será que precisa mesmo? Quem é o lateral da Ferroviária? Existe alguma jogada ensaiada por ali?

Se for o caso, busque outa solução. Coloca o Junior Tavares na lateral para impedir a subida do lateral. Passe preocupação a ele. Não gosta do Tavares? Coloca o Caíque, que já foi lateral e ataca muito, de forma vertical.

Perigoso? Sim, Dorival. Mas é hora de correr riscos. E eu tenho certeza que você consegue armar um sistema defensivo para superar as dificuldades que possam vir pelo corredor esquerdo da defesa. É hora de deixar o equilíbrio de lado e arriscar. Caso contrário, o São Paulo pode até vencer as três partidas, mas será uma paz sob suspeita. Igualzinho quando conseguiu quatro vitórias seguidas recentemente. Ganhou, não sofreu gols e não empolgou. Quando perdeu, tudo desmoronou.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.