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Fagner tem licença para bater

Menon

26/02/2018 16h57

Júnior Baiano é mau, pega um, pega geral…

A Fiel Torcida, se quiser, tem motivos de sobra para emular o canto dos rubro-negros nos anos 90 e homenagear o baixinho Fagner.

Ele tem ultrapassado o limite do jogo duro. São entradas maldosas e sem nenhum cuidado. O que fez com Lucas Lima no clássico é para cartão vermelho. A tesoura com que tirou nove meses da carreira de Ederson, do Flamengo, em junho de 2016, também. Nem falta foi marcada. O vermelho ficou para Zé Ricardo, então treinador do Flamengo, por reclamação. Os lances se sucedem. Se há relato de gol perdido no Corinthians, aposte em Kazim. Se há relato de jogada violenta, o nome é Fagner.

Ele joga sempre em alta tensão. Houve um lance com Dudu em que os dois se enroscaram. Nada de mais. Dudu saiu e Fagner tentou acertar um tapa. Com ele, não há um instante de camaradagem em campo. Nada de fair play, a não ser aquele obrigatório, de jogar a bola para fora. Já houve paulistinha em Cueva…

Não se espera nunca um santo em campo. Ainda mais na defesa. Ainda mais se o jogador não tem recursos técnicos extraordinários. Mas Fagner exagera. E conta com conivência, não proposital, tenho certeza, dos árbitros.

Fagner tem licença para bater.

E não tem jogado bem. Teve muitas dificuldades com Hugo Cabral, jogador do Santo André, fundamental na vitória sobre o Corinthians. Foi mal também contra o Novorizontino. Passou um dobrado com Brenner, do São Paulo.

Eu, você, a Larissa Manoela e MC Loma sabemos que a Copa não está mais no horizonte de Fagner. Tite percebeu que há jogadores com mais qualidade. E que não correm o risco de serem expulsos em um Mundial. Porque, afinal, a licença para bater não vale na Rússia. Só em Terra Brasilis.

 

PS – Meu amigo Denis Ninzoli, assessor de imprensa do Corinthians me mandou a seguinte ponderação:

"No texto que vc produziu há uma parte onde diz que a lesão do Ederson foi em decorrência do carrinho do Fagner, por mais que vc tenha sua opinião, quero colocar a parte que foi conduzida até pelo STJD na situação. O atleta foi absolvido e foi constatado que a lesão não foi no joelho que ele deu a entrada, portanto não é verdade que ele lesionou o atleta, tanto que ele jogou meia hora depois da entrada"

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.