Topo

Menon

Júlio César e o amor maior

Menon

08/03/2018 18h40

Há uma teoria, não sei se verdadeira, que defende a tese de que os elefantes, no final da vida, buscam o local onde nasceram para morrerem. É bonito. Eu mesmo, se não fosse imortal, voltaria para Aguaí.

Júlio César está fazendo esse movimento. No final de carreira, voltou ao Flamengo para a última temporada.

Foi um pedido dele ao clube. Recebe R$ 10 mil mensais, valor simbólico para alguém de seu nível e está lá, sendo feliz. Fez um discurso emocionado e emocionante para seus colegas antes de entrarem em campo para vencer o Boavista por 3 x 0.

Um discurso de torcedor, com a voz embargada. Um daqueles atos que justificam a frase "não é só futebol".

Quando contarem a história de Júlio Cesar e puserem lá a última linha de seu currículo, ao lado de "2018 – encerrou a carreira no Flamengo", será preciso acrescentar:

FOI POR AMOR.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.