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Menon

Desculpe Diego, mas Messi é maior e já disputa com Pelé

Menon

14/03/2018 18h30

Caro Diego Armando Maradona, meu grande ídolo no futebol

Continuo guardando na memória as suas traquinagens no Napoli.

Ainda me emociono muito ao lembrar da torcida napolitana torcendo pela Argentina contra a Itália por sua causa.

Nunca esquecerei o vazio que senti em 1994, quando veio a notícia do doping. Um dos dias mais tristes da minha vida esportiva.

Diego, continuo não aceitando o erro histórico de Menottti, que o tirou da Copa de 78.

Ainda vejo constantemente o seu gol contra os ingleses. O GOL. O maior gol da história, pura picardia. Vejo e ouço Vitor Hugo Morales te chamando de Barrilete Cósmico?

De donde viniste? De que planeta?

Essa é fácil. Veio do planeta Potrero, veio do futebol callejero, veio do fullbito.

Não me esqueço da entrevista em Recife, de seu jogo no Morumbi, pelo Sevilla, já no final.

Tenho o autógrafo guardado, enquadrado, na parede de casa.

E aqueles gols na Bélgica. E o outro, de falta, como uma luva?

Nunca esquecerei, Diego. Nunca. De nenhuma alegria que me deu na vida, mas…

Mas, querido Diego, Lionel Messi te ultrapassou.

Relutei em aceitar, até briguei e discuti, mas a cada jogo, Diego, ele foi me obrigando a aceitar o fato.

Sei que ele não fez e nem fará o que você fez pela seleção, sei que ele não tem seu carisma, não tem sua coragem em falar o que pensa, ou melhor, sua coragem para pensar e contestar.

Ele é chato, sem graça, só pensa na bola. Nem faz ideia de que vive na Catalunha, ao contrário de você que sempre se identificou o sofrimento dos napolitanos.

Diego, estou dando voltas e voltas, mas chegou a hora de repetir.

Lionel Messi joga mais do que você jogou.

E está correndo atrás de Pelé.

Diego, ninguém me emocionou mais do que você, mas agora você é o terceiro, mi viejo.

Pelé, Messi e Maradona. E pode mudar, enano.

Lionel Andrés Messi, o gênio do terceiro milênio.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.