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Menon

Pintou o campeão. E a tinta é verde

Menon

22/03/2018 11h39

O Engenheiro Tote, que se aposentou e hoje trabalha como salva vidas em Santos,  me liga no intervalo do jogo do Palmeiras x Novorizontino. Entusiasmadíssimo, faz uma denúncia. "Fique de olho na próxima rodada da Liga dos Campeões. Vai ter muito time entregando jogo. Ou você pensa que Messi, Cristiano Ronaldo e Guardiola vão aceitar a humilhação de uma goleada diante do Palmeiras no final do ano?

Depois, disse que ia desligar porque está economizando para levar a família até os Emirados Árabes para a decisão, que, tem certeza, será apenas um trâmite.

Eu dou um desconto. Meu amigo é muito entusiasmado. Ele era fã até do Fernandão, aquele centroavante que fez cinco gols pelo clube e que agora brilha na Turquia. Opa, ainda bem que o Tite não lê o blog, caso contrário, teríamos surpresas na próxima convocação.

Mas, fora os exageros, o Palmeiras realmente está sobrando na turma. O time troca muitos passes, quem tem a bola também tem a opção de triangulações, no centro ou pelo lado do campo (poderia falar em jogo apoiado, mas essa linguagem da universidade n(d)o futebol é tão pedante), o time acelera o jogo quando se aproxima do campo rival (poderia falar em terço final do campo, mas me lembraria das novenas da Donana, nossa vizinha em Aguaí), enfim, o Palmeiras é a exceção do bom futebol jogado na terra do futebol, onde se joga um mau futebol, preguiçoso e sem opções táticas e técnicas.

Não é um time perfeito, é lógico. No último clássico contra o Corinthians foi totalmente dominado, mesmo com Carille anunciando sua "surpresa" (jogou sem centroavante) um dia antes. Também sofre com a bola alta e não terá seu melhor goleiro nos próximos jogos. Mesmo assim, é o time que joga o futebol melhor e mais agradável no início de 2018 em terras paulistas.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.