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Menon

Borja 1 x 0 Valentões alvinegros e verdes

Menon

31/03/2018 18h59

Um gol. 50 faltas. Dez cartões amarelos. Dois cartões vermelhos. 36 cruzamentos. A primeira decisão do Paulista foi um jogo de péssimo nível técnico, com jogadores fazendo bobagens o tempo todo. Uma amostra do futebol brasileiro. E olha que estiveram em campo Cássio, Fagner, Henrique, Rodriguinho, Marcos Rocha, Felipe Melo, Lucas Lima e Dudu, jogadores que já tiveram passagens pela seleção brasileira. Felipe Melo e Henrique já jogaram uma Copa. Romero e Balbuena são da seleção paraguaia.

Futebol passou longe de Itaquera.

E o colombiano Borja foi o esperto entre valentões. Fez o gol do jogo. No último minuto do primeiro tempo, fez falta dura em Henrique. E saiu andando, sem ligar para os dois empurrões que levou. E passou novamente ao largo de toda a confusão que veio depois. Um comportamento que ajudou muito o seu time. Ao contrário daquela briga campal contra o Peñarol, em Montevidéu, quando foi de uma ausência ultrajante.

Além da briga, o que se viu foi jogador o tempo todo reclamando e pedindo cartão para o rival. O tempo todo. No último minuto, Rodriguinho iniciou um contra-ataque e sofreu falta em seu campo. Levantou pedindo amarelo. Por que pensar nisso em um momento tão dramático? Parece que o primordial é dar amarelo aos outros. A síntese do futebol é essa. Foi essa.

Gabriel fez cinco faltas. E também no final do jogo, atirou uma bola na cabeça de Bigode. Qual o sentido disso? Poderia levar o segundo amarelo e ficar fora da final, como Felipe Melo e Clayson, os expulsos.

E Dudu? O tempo todo fica pilhando o jogo, fica irritando adversários, logo sofrerá tendinite no ombro de tanto pedir amarelo.

Realmente, confesso que não tenho capacidade para analisar um jogo assim.

Palmeiras não foi passivo como nos outros clássicos contra o Corinthians.

Fez um gol logo no início e se aproveitou muito do clima nervoso que houve. Quando não tem futebol, quem está na frente tem mais possibilidades de manter o resultado.

O Palmeiras está perto do título. Graças a Borja.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.