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Denis campeão e Ceni questionado

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10/04/2018 10h07

Denis fez 173 jogos com a camisa do São Paulo, entre 2009 e 2017. Poderia ser muito mais, não fosse o peso de conviver e depois substituir um mito como Rogério Ceni e sua relutância em se aposentar. Quando chegou a hora de assumir o gol, houve falhas contínuas e cada erro era comparado com um acerto de Ceni. A grandeza de um impediu a ascensão do outro.

E no final de semana, as coisas mudaram. Denis foi o grande destaque da última partida do campeonato catarinense. A Chapecoense fez melhor campanha e teve a mínima vantagem de decidir em casa. Contra o Figueirense, de Denis. E o Figueira, dirigido por Milton Cruz, venceu por 2 x 0. Os jornalistas catarinenses falam de no mínimo duas defesas salvadoras do goleiro.

Ao mesmo temo, em Fortaleza, Rogério Ceni,  agora treinador, viu seu time, o Fortaleza, perder por 2 x 1 para o Ceará. Um placar igual ao da primeira partida. Foi vice-campeão (no ano passado, o time foi terceiro) mas não está agradando. Os torcedores reclamam que ele muda muito o time, mas há uma mágoa muito maior. Durante todo o campeonato, Ceni quis jogar a responsabilidade do título para o rival. Disse que era ajudado pela arbitragem, que era um time de série A enquanto o Fortaleza subiu agora para a B e…aí está o problema, exagerou, segundo os torcedores, quando disse que o Ceará era um time quase perfeito. A gozação nas ruas foi terrível. Se até o seu treinador diz que meu time é perfeito…

Conversei com Denis, por telefone, e ele fez questão de passar a impressão que sua conquista não tem nada de excepcional, nada de um novo começo, nada disso. "Tudo é fruto do trabalho. Já estou pensando no jogo de sexta-feira contra o Juventude, pela Série B, não tenho mágoa nenhuma do São Paulo, aprendi muito lá, como aprendi na Ponte e estou utilizando aqui. Sou muito respeitado aqui, como também fui respeitado lá, não esqueça que fui titular em 2016 e que a torcida gostava de mim".

Pode ser, mas que é diferente é. Denis campeão e Ceni questionado.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.