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Andrés acerta com Roger e em negar voto a Caboclo

Menon

18/04/2018 10h40

Andrés Sanchez "cometeu" três acertos nos últimos dias.

O primeiro foi a contratação de Roger. Dentro do mercado brasileiro e considerando-se que o Corinthians não tem dinheiro sobrando, ele pode ajudar muito o clube. Desde que volte a retomar a trajetória ascendente que começou a ter na Ponte e que o levou ao Botafogo onde brilhou. No Inter, não foi bem. A troca com Lucca pode ser boa para os quatro, jogadores e clubes. Não se deve pensar em Roger como um salvador, mesmo porque o Corinthians não precisa ser salvo. Mas ele é um jogador que poder render (epa, quase usei o modernoso "entrega") muito mais que Kazim e Júnior Dutra. Juntos.

O segundo acerto de Andrés foi não votar em Rogério Caboclo, o novo presidente da CBF. Andrés esteve junto com o presidente do Flamengo e do Atlético-PR. O motivo específico não foi esclarecido, mas foi um grande acerto. Sempre é um erro dar aval a essa gente que tem levado o futebol brasileiro à níveis indecentes de imoralidade. Havelange, Teixeira e Marín são uma linha contínua e indissolúvel de corrupção comprovada. Marco Polo del Nero é o sucessor deles. Se sair do Brasil, pode ser preso. E Caboclo é o escolhido por Del Nero. Um candidato único, eleito pela força da reforma dos estatutos, que dá muito mais valor ao voto das federações do que ao voto dos clubes. O presidente da federação do Acre tem mais força que o presidente de Palmeiras, Santos e São Paulo. Pena que eles aceitam isso. Importante lembrar que Andrés não e santo. Santo é o Alckmin. Bem, Andrés, pensando apenas no Corinthians acabou com o Clube dos 13, bem ou mal, um fator de união entre os grandes clubes.

O terceiro acerto é se antecipar e dizer que teme retaliações. Politicamente, sempre é bom se antecipar aos fatos. E é verdade. O discurso de Caboclo é medíocre, não tem nada a ver com estadismo. Diz que vai governar em união com aqueles que o apoiaram. Me ajuda que eu te ajudo. Me cita que eu te cito. Tamojunto. É a mediocridade no poder. E a mediocridade não busca a união. Busca a supremacia, busca ajudar os seus.

Que Andrés continue acertando, como Galiotte está acertando em peitar a Federação Paulista. Que os presidentes estejam à altura da grandeza de seus clubes.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.