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Menon

Corinthians é serial killer

Menon

22/04/2018 12h57

Durou pouco a festa do Paraná. Linda festa, com sinalizadores com as cores do clube, com estádio cheio, torcedores entusiasmados… Para mim, sinalizador desse tipo, que não causa mal a ninguém, é resistência contra a frieza que promotores tentam impor ao futebol brasileiro.

Após a festa, ilusão. O Paraná começou animado e pressionando o Corinthians. Jogava até melhor. Então, um torcedor que não pôde ir ao jogo, saiu da sala e foi atender um telefonema qualquer. Voltou e o time estava perdendo por 2 x o. Um belo gol coletivo, com Mateus Vital, Sidcley e ele, Rodriguinho. E um gol individual, com arrancada de Sidcley pela esquerda. Estava finito. O jogo havia terminado. O Paraná era mais uma vítima do Corinthians frio e calculista, que não tem medo de ninguém, que sabe sofrer, que tem moral e pensamento positivo para se recompor e vencer.

Uma pergunta: como o Vasco abriu mão de Vital? Alguém vai investigar uma venda tão estúpida assim?

Bem, um time campeão, com bom elenco enfrenta um time que se desmanchou após o acesso do ano passado e que tem jogadores ainda chegando…O que se pode esperar? Foi dois vira e quatro acaba.

O terceiro gol veio com lindo passe de Fagner, após troca de passes. Clayson matou. E, por fim, um toque de crueldade, com o chute de longe de Gabriel.

E lá vai o Corinthians. Dois jogos e duas vítimas. E esse determinismo, essa certeza de que a vitória virá a qualquer momento, faz com que muitas qualidades técnicas do Corinthians sejam esquecidas. Cássio. Fagner. Balbuena. Rodriguinho. Quem tem? Jogadas bem tramadas, triangulações, toque de bola, treinador sério, frieza…

O serial killer vai fazer muitas vítimas ainda.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.