Nenê comanda um São Paulo muito chato. Para os outros
O São Paulo era um time muito chato. Para os seus torcedores. Jogadores que passeavam em campo. Agora, é um time chato para os rivais. Um time aguerrido, lutador e que sabe defender. O comando do novo estilo é de Nenê, batalhador, cavador de falta, reclamão, marcando até saída de bola do rival.
A notícia ruim para o torcedor é que, se o time melhorou muito na questão anímica e de postura tática, o produto futebol ainda está em falta. Há carências que precisam ser arrumadas para que o time possa ir além da falta de sustos no Brasileiro. Ficaram evidentes contra o Fluminense, também um time que luta muito, o tempo todo.
O São Paulo começou melhor e, quando fez o gol com Militão, era rei das finalizações. Bem mais presente no ataque. E, a partir daí, é que as coisas complicaram. O Fluminense atacou mais, o São Paulo passou a se defender com cinco e, o que é muito grave, sem nenhum poder de contra-ataque.
Para mim, Diego Souza pode ser importante para o São Paulo. Mas com uma referência à sua frente. Alguém para fazer a parede, alguém que o ajude a chutar de fora da área. Pode também cabecear com perigo. Mas não pode puxar contra-ataque. Principalmente porque parece estar acima do peso.
No segundo tempo, o Fluminense trocou o zagueiro Frazan pelo atacante Mateus Alessandro, bem aberto na direita, e o São Paulo ficou ainda mais sufocada. Trocou Liziero, amarelado, por Edimar. E foi se segurando.
O contra-ataque só apareceu a partir dos 30 minutos, quando Marcos Guilherme substituiu Regis. Ele entrou muito bem, fazendo tudo o que Nenê estava fazendo. A troca de Diego Souza por Trellez não acrescentou nada. Melhor seria Lucas Fernandes ou Cueva.
Abel colocou Pablo Diego e Robinho e continuou atacando. Foi recompensado com o gol, mais um, de Pedro.
Um gol merecido para quem lutou muito.
Um gol que serve de aviso ao São Paulo. Assim como o Corinthians, no Paulista, quem apenas se defende sem contra-ataque, dificilmente segura o resultado.
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