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Shaylon salva o único invicto

Menon

13/05/2018 18h18

Vibra, Shaylon.

Foi um golaço. Nos últimos segundos. Evitou a derrota. Manteve o São Paulo como único invicto do Brasileiro. Apenas três pontos atrás do líder.

Vibra, Shaylon.

Se mostrar mais vibração e menos timidez, poderá ganhar um lugar no time.

O São Paulo precisa de jogadores desequilibrantes.

Para romper o mito do elenco equilibrado.

Como um elenco equilibrado pode ganhar títulos?

Se o equilíbrio for constante, em nível de médio para cima e com alguns jogadores que façam a diferença.

No São Paulo, apenas Nenê mantém um nível alto e constante. Cueva, que está saindo, tem lampejos de desequilíbrio em meio a uma constante falta de comprometimento com o grupo.

E os outros jogadores montam um equilíbrio que "desequilibra" para baixo e não para o alto.

Petros estava mal. Entra Hudson e vai ainda pior.

Sidão faz boas defesas, mas não foi bem no gol.

Reinado foi bisonho no gol.

Everton, contratado por milhões, não fez uma partida acima do que faz Marcos Guilherme constantemente.

Militão é ótimo marcador, um dos melhores do Brasil, mas apoia mal. Regis apoia bem e marca mal.

Um outro exemplo do elenco equilibrado é Valdívia. Alguém tem certeza que ele entrará em campo e mudará o jogo? Tem dia que vai bem e tem dia que vai mal.

Trellez e Diego Souza não são constantes. Aliás, o colombiano fez um belo gol contra o Bahia. Como Diego fizera contra o Galo.

Com tantos problemas, o São Paulo precisa comemorar muito o empate. Foi o terceiro fora de casa, após Ceará e Fluminense, que poderia ter vencido. Teria nove pontos, 60% dos 15 disputados.

Por enquanto, está no meio da tabela. Três atrás do líder, dois ou três à frente do rebaixamento.

Para sonhar com alguma coisa boa, precisa de mais jogadores desequilibrantes. E que os coadjuvantes rompam o equilíbrio para cima e não para baixo. Um dia de ótima partida de Reinaldo, Everton e Shaylon, todos juntos e ao mesmo tempo.

Só assim deixará de ser um time médio.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.