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Leila, como um polvo, asfixia o Palmeiras

Menon

22/05/2018 16h46

O dinheiro pode tudo. E o dinheiro de Leila pode tudo e mais um pouco no Palmeiras. Sua nova vitória na política interna do clube foi conseguir, via mudança de estatuto, o aumento do mandato de presidente de dois para três anos. E valendo agora, já para a eleição de Maurício Galliote. Se vencer, ele completará cinco anos à frente do clube.

E Leila poderá ser beneficiada. Ela, em 2021, poderá concorrer à presidência do clube, após completar um mandato de conselheira. Pelo estatuto antigo, teria de esperar até 2022.

O próprio mandato de conselheira é colocado em dúvida. Paulo Nobre argumentou que ela era sócia apenas a partir de 2015, mas Mustafá Contursi disse que sua inscrição era desde 1996. A aliança com Mustafá serviu para que fosse conselheira, mas foi rompida quando soube que o ex-presidente estaria vendendo os ingressos que recebia de cortesia. Recebia dela, Leila.

Para derrotar Mustafá, que era contra a mudança na duração do mandato presidencial, Leila usou seu jatinho, dando carona a vários conselheiros para jogos fora de São Paulo. O dinheiro corre solto também para o carnaval da principal organizada do clube. Assim, ela vai criando atalhos para seu sonho de ser a primeira presidente do Palmeiras.

Enquanto isso, vai continuar aparecendo na apresentação de jogadores contratados com apoio de sua empresa. Vai continuar dando desconto na sua faculdade para alunos que tenham sócio torcedor. Quem sabe, até chegar à presidência, daqui a três anos, ela consiga dizer, sem erro, a escalação das duas Academias, momento de grande orgulho de todo palmeirense.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.