Topo

Menon

São Paulo vence no erro de Diniz

Menon

09/06/2018 18h15

O São Paulo venceu o Atlético-PR por 1 x 0 e chegou a 20 pontos em 11 jogos. No ano passado, ao final do primeiro turno, 19 partidas, tinha apenas 18. Derrubou também um tabu de 21 jogos e mostrou bastante maturidade. É um time que, se continuar assim, tem todas as condições de chegar à Libertadores-19.

Foi um jogo igual e os três pontos vieram porque o São Paulo, além de suas qualidades, aproveitou-se da tal convicção de Fernando Diniz. O time está muito mal no campeonato, a torcida está apreensiva e o goleiro solta bola para o zagueiro dentro da área. Houve a tomada de bola e o pênalti, que Nenê converteu.

É proibido dar chutão. Não cabe nas convicções de Fernando Diniz. Quando o Atlético empatou com o São Paulo, no Morumbi, classificando-se para a fase seguinte da Copa do Brasil, o treinador respondeu sobre a pressão que o adversário fizera em muitos momentos no goleiro Santos. Ele respondeu que o papel do treinador também é ensinar e que Santos, há 12 anos no clube, estava aprendendo, enfim, a jogar com os pés.

Vai continuar aprendendo. Eu repito minha ideia. Um treinador obcecado por suas convicções, na verdade está desrespeitando o clube que o contratou. Porque muito mais importante que as convicções de Diniz é a classificação do Furacão, mais uma semana no Z-4.

O São Paulo, que não tem nada com isso, se fechou após fazer o gol, aos 16 minutos. Recebeu ajuda da torcida rival que passou a vaiar seus jogadores, levando-os a um grande nervosismo. Time fraco, mal treinado e vaiado em casa é presa fácil.

Não foi tanto assim, porque os jogadores foram valentes e acuaram o São Paulo. Algo comum o São Paulo recuar, mas havia uma diferença. O contra-ataque estava armado. Mesmo atrás, o São Paulo teve algumas poucas oportunidades.

É um São Paulo que perde pouco. Apenas uma derrota em onze jogos. Um time forte mentalmente, que sabe lutar por uma vantagem, ainda que mínima, e que precisa melhorar, é claro. Mas os sinais são bons. Se souber tratar bem das perdas que poderão ocorrer na janela e se conseguir reforçar algumas linhas, pode mesmo ser tratado como alguém que corre por fora rumo ao título. Por enquanto, não. Por enquanto, pode brigar na Libertadores.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.