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Coutinho faz a diferença

Menon

10/06/2018 12h53

Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo são os três jogadores que têm nos ombros o bônus e o ônus de serem citados como aqueles que estão muito acima dos companheiros. São o símbolo de Brasil, Argentina e Portugal, respectivamente. Alemanha e Espanha, fortes concorrentes ao título mundial, não têm alguém tao desnivelado em relação ao grupo.

Messi e Cristiano Ronaldo dariam litros e litros de mate ou toneladas de tremoço para terem um vice-rei como Coutinho. Não há nada e ninguém que se compare. A Argentina precisa montar logo um esquema defensivo e apostar em Messi, como foi na Copa passada. Portugal não tem o que fazer. Ganhou a Euro sem Cristiano, mas nada daquilo se repetirá. É mais fácil se repetir uma atuação ruim como foi a do último Mundial.

Coutinho está jogando muito bem. Cada vez é menos coadjuvante. Ele joga por todas as posições do campo. Eu ia dizer que ele se desloca por várias posições, mas como estou tentando ser moderno, direi que ele "flutua". Busca os lados, cria espaços, avança pelo meio, é um jogador notável. Se Neymar ficar fora, ele pode ser o comandante. Não será como Messi ou Cristiano, mas será.

Com eles, mais Gabriel e Willian, o Brasil mostrou bom futebol diante da Áustria, na última partida antes da estreia na Copa. O jogo começou difícil contra um time que começou surpreendendo com marcação alta e logo voltou ao seu feijão com chucrute: linha de cinco e linha de quatro.

O Brasil fez o correto. Rodou a bola e buscou espaços. Perdeu três bolas que resultaram em contra-ataques perigosos. Um erro facilmente corrigido. Basta ter mais atenção. Depois do gol de Jesus, öffenete die tür (abriu a portei ra em alemão). E a Áustria facilitou, misturando cansaço e amor próprio. Resolveu atacar e abriu imensas avenidas para o contra-ataque do Brasil.

Foi fácil. O Brasil está preparado para um bom Mundial.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.