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Nova Celeste joga mal, vence e encaminha classificação

Menon

15/06/2018 11h14

(foto: Mark Baker/AP Photo)

Foi ao velho estilo. Gol de bola parada. Poderia ter sido na bela cobrança de Cavani, na trave, mas foi com a cabeça de Gimenez, em jogada iniciada por ele, que sofreu uma falta na lateral. Sim, era o sufoco. Gimenez, na ponta direita, sofrendo falta desnecessária. Godín carregando a bola pelo meio. Nada do toque de bola prometido na nova Celeste.

Não funcionou. Nandes, Vecino e Betancourt pouco se aproximaram do ataque. Varela e Caceres não apoiaram. E Arrascaeta fez uma partida decepcionante. Além disso, como o Egito fez uma boa marcação na saída de bola do Uruguai, o jeito era voltar a ser a Celeste de sempre e "quebrar a bola", com muita ligação direta.

Até poderia dar certo, mas Suárez esteve mal e perdeu três grandes chances. Mérito também do goleiro Elshenawi. No final, após o gol salvador, recuou e, como zagueiro, fez falta e cera. Esteve muito abaixo de Godín e de Cavani, os melhores do time.

Uruguai venceu na estreia da Copa, algo que não fazia desde 1970. Mas o que fica do jogo é uma pergunta: se se Salah estivesse em campo?

Com a vitória, o Uruguai fica perto da vaga. A Arábia Saudita é muito fraca e vai perder os três jogos. Então, o Uruguai, talvez com uma goleada, chegará à rodada final com seis pontos para enfrentar a Rússia. Se ela também tiver seis pontos, um empate classifica os dois. Uma situação ruim para o Uruguai seria o Egito vencer a Rússia no próximo jogo. Então, na terceira rodada, os egípcios poderiam chegar a seis pontos, vencendo a Arábia. E se a Rússia vencer o Uruguai, todos ficariam com seis pontos.

Números a parte, o Uruguai precisa jogar mais bola.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.