Brasil não-me-toque na primeira final
Em 1974, a seleção brasileira ficou muito tempo em uma concentração na Floresta Negra, na Alemanha, antes da Copa do Mundo. Isolamento quase total.
Em 2018, a preocupação é a mesma, de maneira mais sutil.
Não houve um jogo de despedida, para aumentar a ligação afetiva com a torcida.
Na Rússia, há torcedores na frente do hotel e a delegação entra pelos fundos.
Há atletas russos no hotel da seleção (esportes de inverno) que são proibidos de ficar na varanda dos quartos, enquanto a seleção treina. Não podem tirar fotos.
Neymar não participa de coletivas.
Há uma brigada contra possíveis drones de rivais, espionando o time.
Tudo é feito para evitar pressão sobre os jogadores. Nem temos um capitão. Todos tem, o Brasil, não. Um rodízio contra pressão. Será uma carga tão grande ser capitão do Brasil?
Agora, esse time tão protegido, tão longe do povo, tão asséptico, entra em campo para uma decisão.
O adversário é fraco e uma vitória deixa a vaga muito próxima.
Tomara que a ausência de pressão não se torne uma pressão.
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