Topo

Menon

Argentina, um bando de loucos, está classificada. Exército Brancaleone

Menon

26/06/2018 17h14

Foi como dava  para ser. Com Messi dando carrinho na ponta-esquerda. Com Messi fazendo cera. Levando amarelo. Com Messi saltando à frente do nigeriano para impedir que um balão chegasse à sua área.

Foi com Mascherano ensanguentado. Foi com Marcos Rojo fazendo um belo gol. Foi com Higuain chutando nas nuvens uma chance salvadora. Foi com Armani no gol. Enfim, um goleiro.

Foi como não precisava ser. A Argentina ganhou sem ter um time. Os onze que entraram nunca atuaram juntos. O goleiro fez sua primeira partida com a camisa da seleção. Um treinador com um ano de trabalho não pode chegar à terceira partida da Copa sem ter um time para chamar de seu.

O seu atuou na segunda partida e foi humilhado pela Croácia.anA desclassificação da Argentina seria a coroação de uma comédia de erros. Uma federação que não tinha dinheiro para contratar treinador. Que teve três comandantes diferentes desde o vice-campeonato conquistado por Sabella há quatro anos: Martino, Bauza e Sampaoli.

Uma Argentina que claudicou nas Eliminatórias, com Sampaoli convocando Icardi, Aguero, Dybala e terminou com Benedetto. Que chegou ao Mundial com Caballero, que nunca joga, ficando com o lugar de Romero, que nunca joga. Pelo menos, Romero tem um trabalho muito bom na seleção. Mas o tal do Loco Sampaoli escalou Caballero em vez de Armani.

A Argentina errou muito. Errou demais. Messi também. Não faz bom Mundial, perdeu um pênalti que teria dado muita tranquilidade ao time.

Que time?

Não tem time.

Contra a França, deve continuar essa turma que ganhou no suor da Nigéria. Mas, mesmo entre os vitoriosos, há Mascherano fazendo um Mundial horrível, abaixo de seu nível. Di Maria também. Poderia ser a hora de Dybala, de Lo Celso, de Lautaro, que nem foi chamado para a Copa. Mas, vai mudar agora?

O jeito é esse. Descansar, namorar, tomar um vinho, um churrasco e voltar a campo no sábado para mostrar a Pogba, Mbappé, Matuidi, Umtiti, Pavard, Lloris (que luxo, poupados da terceira rodada), que eles podem ser vencidos por um Exército Brancaleone, movido a paixão, suor e uma pitada de Messi.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.