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Prazer, Mbappé. Estou na briga

Menon

01/07/2018 10h48

Kylian Mbappé já era conhecido por dois tipos de torcedores: os que acompanham futebol todos os dias e por aqueles que passaram a acompanhar Neymar no PSG, em busca do título de melhor do mundo.

Faltava o resto do mundo: os torcedores de Copa. E, embora a Copa já não seja o único parâmetro para definir os gênios e os craques, ela é, sem dúvida o grande umbral a ser rompido para que o jogador seja tema de discussões familiares, conversas de botequim e se transforme em unanimidade.

Mbappé está no jogo. É um player, como dizem os entendidos. Chegou à mesa principal de pôquer com uma entrada triunfal. Meteu o pé na porta e apresentou suas cartas: um explosivo coquetel de força, velocidade e definição.

Surpreendeu até os que já o conheciam. Foi uma partida antológica. Apenas um jogador com menos de 20 anos havia feito o que ele fez. Um tal de Edson.

Foram dois gols e um pênalti sofrido. Em um jogo decisivo de Copa. Temos uma necessidade de renovação e, no dia em que Messi e Cristiano Ronaldo se despediram, talvez para sempre, de nosso encontro quadrienal, fica difícil não acreditar que os tais deuses do futebol, se é que existem, não estejam nos recompensando.

E mandando um recado para Neymar: o perigo mora ao lado.

Os céticos, e é bom ser cético em um meio onde falsas promessas campeiam, podem dizer que os argentinos, lentos, mal  treinados e doadores de espaço, eram o campo de cultura ideal para que florescesse Mbappé.

Correto. O próximo rival é o Uruguai e seus malucos, prontos a defender o arco de Muslera, com dedicação, treinamento, zero espaço e, se preciso, com a presença de Artigas, Obdúlio e Mujica.

A pergunta é pertinente: Mbappé pode fazer contra o Uruguai o que fez contra a Argentina?

Mas a sua atuação, já no Museu Virtual das Copas, permite uma inversão.

O Uruguai está tão forte na defesa por que ainda não enfrentou um Mbappé?

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.