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Hazard foi pouco contra a França

Menon

10/07/2018 18h05

A Bélgica que Tite esperava dia 6 em Kazan, apareceu dia 10 em São Petesburgo. Linha de três, dois volantes, três meias e Lukaku como centroavante. Falta um. Chadli, ora lateral, formando quatro defensores, ora mais avançado.

Hazard era um dos meias. O único que jogou em seu nível. Brilhante, na esquerda, no meio, na direita. Armando e  também combatendo. Uma ótima Copa, titular em quantas seleções forem feitas por aí.

Foi pouco contra a França que teve mais gente em alto nível. Matuidi foi ótimo, marcador implacável é bom passe. A Pogba, tocó danzar con la fea, como dizem os argentinos, e ele conseguiu tornar um pouco menos brilhante o jogo de Hazard.

Mbappé é o grande brilhante do futebol mundial, a maior promessa de jogador predominante nos próximos cinco anos. Deu dois passes antológicos para Giroud.

Giroud é um legítimo representante da linhagem de Dugarry e Guivarch. Ruim. Muito ruim. Deve ser superstição ganhar a Copa com centravante ruim.

Melhor acreditar em superstição ou até bruxaria do que na nova tese que viceja: não precisa marcar, basta recompor.

Venceu o melhor, novamente com um gol de cabeça de zagueiro. Varane contra o Uruguai e Umtiti contra a Bélgica. Faltou o gol contra de Courtois. Não haverá, ele não é Muslera.

Fazendo um paralelo com a atuação do Brasil, é notório que Pogba, Canté e Matuidi, juntos, são muito mais fortes defensivamente do que Fernandinho e…quem mais, mesmo?

A ótima geração belga, de Courtois, Bruyne e Hazard, pode ficar em terceiro e superar o time de Pfaff, Gerets e Scifo, quarto lugar em 86.

Não é pouco, podiam ter ido mais longe, mas como comparar ao glorioso futebol brasileiro? O que fizeram com o futebol brasileiro, dirigido sob o signo da desonestidade há décadas?

Por fim, bom ver dois times multiculturais jogando bem. Pena que a integração não seja também na sociedade francesa e nem na belga. Bélgica, aliás, que foi governada pelo Rei Leopoldo, um genocida.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.