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Fortaleza, de Ceni, reage e lidera com folga

Menon

06/08/2018 15h19

O Fortaleza venceu o Coritiba, em casa, por 2 x 1. Na rodada anterior, havia derrotado o Juventude em Caxias. Assim, chegou aos 37 pontos e lidera a Série B, com 37 pontos. Tem três a mais que o vice-líder CSA e oito a mais que o Guarani, quinto colocado. O que significa que, mesmo que perca os três próximos jogos, continuará entre os quatro que chegarão à Série A. Se o Guarani vencer os três jogos e o Fortaleza perder os três, mesmo assim, o time de Ceni estará entre os quatro primeiros porque um dos rivais do Guarani é o Atlético Goianiense, rival direto na luta pelo acesso.

As duas vitórias vieram no pior momento do Fortaleza no campeonato. Após uma metade do turno arrasadora, com sete vitórias e dois empates, o Fortaleza caiu bastante e teve quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas. O rendimento caiu de 85,1% para 46.6%. No total, foram 64,9%.

A queda do Fortaleza e o início do que parece uma reação têm explicações plausíveis. No início do Brasileiro, o ataque do time era formado por Osvaldo, Gustavo e Edinho. Osvaldo foi para a Tailândia e Ceni escalou Marlon, com características de armador e não de ponta. Gustagol se contundiu e Edinho foi para o Galo. Com os desfalques, vieram as derrotas.

As vitórias voltaram, coincidência ou não, com a estreia de Ederson, artilheiro do Brasileirão de 2013, com 18 gols, e artilheiro do Paranaense de 2018, com nove gols. Houve também as contratações de Marcinho, Minho e Douglas Coutinho. Marcinho é o melhor até agora e fez um golaço no Coritiba.

Mais além dos números, impressiona a postura de Ceni em campo. Após os jogos, ele entra no gramado e cumprimenta todos os jogadores de seu time. E os rivais que estejam por perto. Após a vitória contra o Coritiba, enquanto os jogadores acenavam para a torcida, o goleiro Marcelo Boeck deixava o campo. Ceni o agarrou, abraçou e empurrou para junto dos companheiros.

São aspectos de um início de carreira longe do clube que defendeu por 25 anos. Se não deu certo na primeira vez, está aprendendo muito e poderá voltar. Depois de 2021, quando termina o mandato de Leco.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.