Topo

Menon

Guerrero não merece uma loucura

Menon

07/08/2018 19h55

O Inter está buscando um acordo com a DIS para ter Guerrero em seu elenco. O atacante, cujo vínculo com o Flamengo está terminando, receberia 5 milhões de luvas e salários de R$ 600 mil, o que lhe garantiria R$ 800 mil na conta todo mês. Por quatro anos. Até quando ele tiver 38 anos.

Em troca de quê? Vinte gols por ano? Aproximadamente 50 mil por gol?

Realmente, eu não consigo ver nenhuma lógica em uma negociação assim. Para o Inter, é claro. Para Guerrero, é um milagre. Dos 34 aos 38 anos, ele recebera uma megassena por ano.

A notícia é mais surpreendente ainda porque conta que uma ala do Flamengo não aceita a saída do jogador e quer negociar com o jogador. Quer fazer uma oferta. Nas últimas negociações com o Flamengo, Guerrero teria pedido um aumento e…inacreditável…gostaria de receber salários pelo tempo em que ficou parado por conta de uma suspensão por doping.

Pode ter sido injusta. Pode ter sido um absurdo. Pode ter sido perseguição. Mas Guerrero foi acusado por doping quando estava a serviço da seleção peruana e não do Flamengo. Então, imaginemos que ele tenha tomado chá de coca, ou tenha usado cocaína ou que alguém tenha colocado droga em seu ceviche… O que o Flamengo tem com isso? Nada. Nadica de nada.

É inacreditável que um bom jogador como Guerrero, nada mais que bom jogador, é inacreditável que um artilheiro com poucos gols como Flamengo possa ser alvo de uma loucura monetária como essa.

Não há ninguém na base? Na América do Sul? Na China?

Todo mundo já passou por algum imprevisto que atrapalhou o orçamento. Um filho que quebra a perna, um presente de casamento, um conserto no carro, uma viagem inesperada…Depende do nível de vida de cada um.

Será que o Inter está preparado para um imprevisto desse nível? Um gasto a mais de 800 mil por mês? Estava tudo planejado? E não adianta falar que tem um investidor amigo por trás?

Com certeza há outras opções para investir um dinheiro desse.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.