Linda festa tricolor e grande injustiça com Richarlyson
O São Paulo Futebol Clube teve uma atitude maravilhosa ao criar o Caminho da Fama, passarela com nome e foto de jogadores que fizeram parte da grande história do clube. Serve como resgaste do churrasco anual que o presidente Marcelo Portugal Gouvêa instalou há anos, com a presença de centenas de jogadores. Uma festa importante, que reúne os ídolos do clube e mostram a força do clube.
Foram escolhidos 99 nomes, com associados e conselheiros. Sem um olhar aprofundado, é possível dizer que há duas seleções melhores que a que nos representou na Copa da Rússia. Entre campeões mundiais, pela seleção brasileira, há Belletti, Bellini, Cafu, De Sordi, Denílson, Dino Sani, Edmilson, Gilmar Rinaldi, Gerson, Juninho, Junior, Jurandir, Kaká, Leonardo, Mauro Ramos de Oliveira, Ricardo Rocha, Oscar, Raí, Rogério Ceni, Ronaldão e Zetti.
Há gênios do futebol, como Falcão, Friedenreich, Zizinho, Sastre, Bauer, Pedro Rocha, Careca e Canhoteiro. E há deuses da raça, como Chicão, Pintado, Terto e Paraná, Lugano e Forlán. Grandes artilheiros como Serginho, França, Luís Fabiano e Gino
A lista é muito boa também por contemplar toda a história do clube, desde os anos 30 até o século 21, representado por Kaká.
E toda lista tem controvérsia. É normal.
Essa do São Paulo, também tem controvérsia. Getúlio, Gilbero Sorriso e Dodô não estão.
Tudo bem.
Mas a ausência de Richarlyson é totalmente injustificável. Ele foi tricampeão brasileiro seguido, no time de Muricy. Foram 244 jogos e 12 gols marcados. Jogou como volante, com uma dedicação incrível. E, quando o clube contratou Fábio Santos e Muricy o deslocou para a lateral-esquerda, ele foi convocado para a seleção. Se o critério é deus da raça, ele merece. Se o critério é o número de títulos, ele merece.
Apenas como comparação, a lista tem Vizolli, um volante supercomum, que surgiu junto com os Menudos Muller, Sidney e Pita. Tem 84 jogos pelo clube em sete anos. Uma média de 12 jogos por ano.
E Dinho? Doriva? Edcarlos? Bernardo? Adilson? Ronaldo Luis?
E Falcão, o grande craque brasileiro? Fez 15 jogos e um gol pelo clube.
O clube que acertou, por exemplo, em homenagear Danilo, mesmo ele, depois, tendo feito carreira no Corinthians, com o mesmo sucesso errou ao não colocar Richarlyson no lugar que merece.
Ao esquecer Richarlyson, os eleitores se comportaram como os torcedores organizados da Independente que sempre se recusaram a gritar o nome do jogado, mesmo sabendo de sua importância no time e na história do clube.
Ausência imperdoável em uma festa maravilhosa.
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