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Bahia, campeão da dignidade

Menon

13/08/2018 09h10

Não é só futebol.

Ainda bem. Há muitos exemplos mostrando a solidariedade acima da competição. O amor superando o ódio.

O Bahia tem dado um grande exemplo com o programa "Dignidade do ídolo", que paga de um a três salários mínimos para ex-jogadores em dificuldade.

Mas é preciso ser ídolo. E estar em dificuldade extrema. Quem analisa é o Conselho Consultivo.

Os ex-laterais Maílson e Zanata, o ex-meia Alberto Leguelé e os ex-atacantes Jorge Campos e Naldinho foram os primeiros "agraciados". Estão em situação financeira péssima. Maílson sofre com a ELA, terrível doença. Não tem mais movimentos. Naldinho tem diabetes.

O clube é sempre mais importante que qualquer jogador, mas é importante o clube respeitar o ídolo pois ele é o representante do amor do torcedor pelo clube. O ídolo é a ponte.

O São Paulo deu um grande exemplo com a sua "calçada da fama", homenageando 99 jogadores.

A torcida do Sport e Diego Souza trocaram juras de amor e de respeito durante a vitória do tricolor sobre o Sport. Foi muito bonito.

Como foi bonito o Corinthians dar ao seu ginásio de basquete o nome de Wlamir Marques, talvez o maior jogador brasileiro de todos os tempos.

E o clube incrementou a campanha #respeitaasminas em que seus jogadores mostram repúdio ao assédio sexual.

Esporte é dignidade. Tivemos bons exemplos nos últimos tempos. E, sem querer julgar ninguém, o do Bahia me tocou mais.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.