Chegou a hora da decisão. Quem tem garrafa vazia para vender?
Após tantos anos de Brasileiro, foi possível chegar a alguns padrões.
Ninguém cai com 46 pontos.
Ninguém perde o título com 73 pontos.
Ganhar em casa e empatar fora é a fórmula do título.
Todo jogo é igual. Não adianta vencer o Barcelona fora de casa e perder para o Apoel em casa.
E há outro dado: o segundo turno é mais difícil que o primeiro. Os clubes que lutam contra o rebaixamento se reforçam para a corrida contra o desespero. Chegam novos jogadores e há troca de treinadores. O Furacão do primeiro turno não existe mais. O Ceará, também não. O Paraná tenta a mesma arrancada.
O jogo endurece.
Em cima da tabela, também. A possibilidade do título é um farol que faz os clubes rasparem as economias. Olha o Vitinho aí. O Guerrero.
Há outros dois fatores que aparecem agora, com as mudanças no calendário da Conmebol e da premiação da CBF;
A Libertadores passou a ser uma competição de ano inteiro. Não acaba em maio. E a Copa do Brasil se transformou em um torneio milionário.
Assim, os clubes ficam em dúvida para onde seguir. Há muitas opções e o Brasileiro passou a ser algo com menos importância. Um grande erro.
Quem pode disputar as três competições ao mesmo tempo?
O Palmeiras. Tem elenco equilibrado e pode correr nas três frentes. Está difícil no Brasileiro. Não só porque está a oito pontos do líder, mas porque, entre ele e o líder, há mais quatro clubes.
O Grêmio poderia ter. Poderia, mas não teve. Foi eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil. Tem jogo duro na Libertadores e conseguiu se colocar próximo do líder. Está pronto para uma arrancada.
O Flamengo também não tem. Está praticamente fora da Libertadores e tem dado sinais de queda no Brasileiro. Possivelmente vai jogar todos seus esforços na Copa do Brasil.
O Corinthians está fora do Brasileiro. São 15 pontos. Se passar pelo Colo Colo, terá à sua frente a grande possibilidade de deixar tudo o de ruim de lado. "Basta" vencer o Palmeiras na Libertadores. Ou o Flamengo na Copa do Brasil.
O Cruzeiro está nas Copas. O Brasileiro, já era.
São Paulo e Inter, apenas o Brasileiro. Não podem errar. Um empate contra o Paraná, fora de casa, por exemplo, é um desastre. O mesmo vale contra o Bahia. Nenhum dos dois pode piscar.
Tem muita emoção por aí.
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