Topo

Menon

Santos F.C não merece o ódio de exterminadores de baleia

Menon

25/08/2018 12h11

O candidato é escolhido em eleição limpa. O adversário derrotado opta por uma oposição feroz, desde o primeiro dia. E como tem um amigo na presidência do Congresso, consegue pautar uma ação de impeachment.

Podia ser Dilma, Aécio e Eduardo Cunha.

É Peres, Modesto Roma Jr e Marcelo Teixeira. Não é Congresso, é Conselho.

Há mais em comum. Tanto o presidente Peres como a presidenta Dilma erraram. Não fizeram um bom governo, algo impressionante, que impedisse traições de seu próprio grupo.

Deixemos as analogias de lado e pensemos no Santos.

O time com uma história maravilhosa, impossível de ser comparado, futebolisticamente falando, com os outros brasileiros. O time de Pelé.

O clube não é tão forte.

Tem um estádio muito pequeno, que não pode se comparar aos dos rivais,

A torcida, por um motivo ou outro, não tem lotado a Vila. É comum ver público com menos de dez mil pessoas.

A cota de televisão é bem menor que a dos rivais.

O patrocínio também é menor.

E, se os itens acima são atemporais, há um outro, imediato, que preocupa. O time está lutando para não cair.

Com um quadro assim, é hora de partir para uma guerra fratricida? É hora de estar cada um em uma trincheira, enquanto o Cuca tenta fazer o time andar?

Seria muito melhor uma união, ainda que temporária. Todos os grupos, alas, minialas, tendências, seitas, sei lá o quê deveriam estar unidos pelo Santos. Todos deveriam ajudar. Quem tenta derrubar Peres deveria estar em sua diretoria. Por opção do presidente ou sugestão dos contrários. Uma união para levar o time e o clube a um porto seguro. Descobrir maneiras de reforçar o elenco. De enfrentar as dívidas. Fazer um documento em cartório com itens a longo prazo a serem seguidos, obrigatoriamente, por todos os próximos presidentes.

Um exemplo? Montar uma tarefa de força para resolver o caso Carlos Sanches. Marcelo Teixeira, que tinha conhecimentos na Conmebol no tempo de Leoz, poderia integrar uma delegação santista que visitasse o novo presidente. Poderia assessorar o novo advogado. Uma coisa mínima.

Mas a impressão que fica, talvez injusta, é que os que pedem o impeachment, estão torcendo pela derrota santista no tribunal. E depois, no campo.

O Santos merece muito mais do que grupos contrários em guerra. Com sangue nos olhos e ódio na alma.

Como exterminadores de baleias.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.