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Flamengo, Corinthians, São Paulo....todos enganam a torcida

Menon

30/08/2018 17h44

Os técnicos e dirigentes do Brasil não conhecem a grandeza dos clubes que dirigem. Ou, então, tentam enganar a torcida.

Falo das eliminações. O malabarismo verbal para justificá-las é terrível. Uma tática é colocar a culpa no jogo anterior.

Por exemplo: o São Paulo perde para o Colón, em casa. O Corinthians perde para o Colo-Colo, fora. Qual é o discurso: "tivemos uma desatenção, foi sorte deles, jogaram por uma bola, mas é um jogo de 180 minutos e vamos reagir.

Chega o segundo jogo. Os dois vencem e, mesmo assim, estão eliminados. E qual é o discurso? "A gente jogou muito bem, mas a verdade é que fomos eliminados no primeiro jogo".

Percebem? É sempre o jogo anterior. Ninguém assume a responsabilidade. E aí vem o Andrés e diz que os brasileiros são perseguidos porque não falam espanhol.

Mas o Corinthians está mal no Brasileiro também. E todos falam português.

É muita desculpa. E o Corinthians foi eliminado pelo Colo Colo. Como já havia caído para o Guarani do Paraguai. Como o São Paulo caiu para Defensa y Justicia e Colón. O nome é vexame. Vergonha.

O Flamengo caiu de novo na Libertadores. De novo. E o treinador diz que a derrota pode servir como uma retomada, pode dar impulso no Brasileiro.

Que patacoada. Se derrota servisse para impulsionar alguma coisa, Flamengo e Corinthians jogariam para perder na Copa do Brasil, onde têm um encontro marcado.

No ano passado, o São Paulo reagiu no Brasileiro e quase chegou à Libertadores. Teve um churrasco de final de ano e perguntei ao Petros se havia sido uma decepção. Fiz a mesma pergunta ao Dorival Jr.

Os dois disseram que sim, mas que, por outro lado, foi bom ficar de fora porque seria uma pressão muito grande, para um time que havia sofrido tanto, encarar a Libertadores ligo de início.

Muita pequenez.

É a tática de todos eles: "estamos eliminados, mas caímos de pé e vai servir de impulso".

Obrigado por nada.

Eliminação é eliminação.

Só isso.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.