Burnier e a tripla ofensa
O jornalista José Roberto Burnier, em um dos canais das Organizações Globo, disse, a respeito de um assalto no Itaquerão: "já prenderam os bandidos? Estão roubando o próprio clube, agora".
É uma ofensa. Tripla. Os ofendidos são:
a) O Corinthians – uma instituição centenária, com larga folga de serviços prestada ao esporte brasileiro, no futebol, basquete, natação etc. Por que ele relaciona ladrão ao clube? Faria o mesmo com São Paulo ou Palmeiras?
b) A torcida – por que a torcida corintiana deve ser ser associada ao crime? Por que ela é maioria entre as classes mais humildes? Ora, os corintianos são maioria também entre cientistas, padres, médicos, advogados e entre aqueles que exploram todos os brasileiros: os banqueiros.
c) O jornalismo. Burnier estava falando sério? Ou estava brincando?
Se era sério, deveria apresentar fundamentos, indícios, estatísticas.
Se era brincadeira, não era jornalismo. E não se deve aceitar brincadeiras que ofendam pessoas, classes sociais ou raças, como foi o caso do Waack.
Principalmente em um canal de televisão que é uma concessão pública. E não se deve utilizar uma concessão pública para destilar preconceito, ofensa e mau jornalismo.
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