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Menon

Roger não entende o futebol

Menon

04/09/2018 10h12

O post anterior é uma bela entrevista de Roger Machado ao Zé Alberto, grande repórter gaúcho.

Ela me passou a impressão de alguém que, mesmo estando no futebol há tanto tempo, não entendeu que o maior de todos os esportes não pode ser analisado sem que se leve em conta um fator preponderante: a paixão popular.

Está claro quando ele analisa sua saída do Palmeiras. Fala que o time estava bem na Libertadores, na Copa do Brasil, no Brasileiro e que ele foi demitido mesmo com 66% de aproveitamento.

Parece um relatório de algum CEO de laboratório farmacêutico. Frio, cheio de números que comprovam um bom trabalho, mas que esconde um fato importante.

Qual?

O Palmeiras perdeu o Paulista em casa. Precisando de empate.

Contra o Corinthians.

Corinthians.

Não há numeralha que possa justificar um fato desses.

É a paixão.

E Roger parece um monge. Ele parece um professor, repetindo teses, expressas através de frases que se pretendem modernas, mas que não passam de clichês da segunda década do terceiro milênio.

Roger pode ser um grande treinador? Não sei. Talvez. Com certeza, não o será enquanto tiver uma postura blasé, que passa uma mensagem arrogante: minha presença no futebol é um grande favor ao futebol. Eu o engrandeço. Ele precisa de mim.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.