Roger não entende o futebol
O post anterior é uma bela entrevista de Roger Machado ao Zé Alberto, grande repórter gaúcho.
Ela me passou a impressão de alguém que, mesmo estando no futebol há tanto tempo, não entendeu que o maior de todos os esportes não pode ser analisado sem que se leve em conta um fator preponderante: a paixão popular.
Está claro quando ele analisa sua saída do Palmeiras. Fala que o time estava bem na Libertadores, na Copa do Brasil, no Brasileiro e que ele foi demitido mesmo com 66% de aproveitamento.
Parece um relatório de algum CEO de laboratório farmacêutico. Frio, cheio de números que comprovam um bom trabalho, mas que esconde um fato importante.
Qual?
O Palmeiras perdeu o Paulista em casa. Precisando de empate.
Contra o Corinthians.
Corinthians.
Não há numeralha que possa justificar um fato desses.
É a paixão.
E Roger parece um monge. Ele parece um professor, repetindo teses, expressas através de frases que se pretendem modernas, mas que não passam de clichês da segunda década do terceiro milênio.
Roger pode ser um grande treinador? Não sei. Talvez. Com certeza, não o será enquanto tiver uma postura blasé, que passa uma mensagem arrogante: minha presença no futebol é um grande favor ao futebol. Eu o engrandeço. Ele precisa de mim.
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