Topo

Menon

Estilo de Aguirre está falindo. São Paulo precisa parar de sofrer

Menon

22/09/2018 18h27

Diego Aguirre faz um ótimo trabalho, mas está na hora de reagir. Precisa mudar o estilo do São Paulo. A história de "controle de jogo" está falida, desde o início do segundo turno. O São Paulo precisa muito mais do que a falsa tranquilidade de ter um gol a mais e a posse de bola preguiçosa. Precisa pressionar, ter a bola, marcar pressão, não deixa time menor respirar e decidir o jogo.

O São Paulo precisa ser muito mais que um time difícil de ser batido. O time precisa vencer partidas como esta que empatou com o América.

Se o time perder o título, terá mais um resultado a apontar como aquele que não poderia ter acontecido. O empate com o América se soma a outro empate, no início do returno, contra o Paraná. Não que o América seja igual ao Paraná. É muito melhor. Mas o jogo tinha de ser ganho e não foi. A necessidade se impunha já antes da partida. Mas o transcorrer do jogo fez com que a necessidade se transformasse em obrigação.

Um gol no último minuto do primeiro tempo. Fruto da parceria entre Nenê e Diego Souza, a dupla de velhinhos que tem comandado o São Paulo. Então, qual era o panorama do jogo para o segundo tempo? Previsão de vitória. 48 mil torcedores. Apoio total. Jogo no sábado, antes dos outros. Uma vitória deixaria o Inter a quatro pontos. E garantiria ao São Paulo uma rodada a mais na liderança. Tinha de ganhar.

E o que se viu? Na verdade, o time até melhorou em relação ao primeiro tempo. Com as saídas de Liziero e Everton Felipe, ficou mais agressivo, com mais jogadas pelo lado. E, como o América se abriu um pouco, com Pacheco e depois, com Matheusinho e Robinho, atacou um pouco e deu o contra-ataque ao São Paulo. Tudo estava propício para o segundo gol.

Mas o São Paulo não consegue. Ou, quando consegue, é com suor e sangue. Foi assim com o Bahia (1 x 0) com a Chape (2 x 0), com o Ceará (1 x 0) e até para conseguir o empate com o Fluminense (1 x 1). Quando ganha no sufoco, sem fazer o segundo gol, o que se fala é que o São Paulo "controla o jogo". E não é assim. O São Paulo não controla nada. Ele ganha no sufoco, no suor. Cada vitória é um alívio, não é uma alegria.

Aguirre precisa mudar o time. Buscar fórmulas que possibilitem o segundo gol e a tranquilidade. Contra o América, por exemplo, poderia ter entrado com Régis e Caíque. Ou Brenner. Não seria pior do que foi.

No segundo turno, o São Paulo jogou sete vezes. Marcou cinco gols e sofreu quatro. Ridículo. Ou muda, ou ficará um ano a mais na fila.

PS – Amigos, vi agora que este é o post número 3000. Estou feliz. Agradeço ao Murilo Garavelo, que me contratou e a todos os colegas do UOL que sempre me ajudam. E a vocês, é lógico, com elogios e críticas. Um abraço a todos.

Ah, aceito parabéns.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.